As explosões que atingiram o estado de Assam, na Índia, são apenas a ponta do iceberg que engloba todo o sudeste asiático. As 18 bombas que explodiram no nordeste do país nesta quinta-feira mostram a força do terrorismo local. As suspeitas pelo ataque recaem sobre um grupo separatista, mas toda a região parece estar prestes a viver o auge de uma grande agitação política e militar sem precedentes. China, Índia, Irã, Paquistão e Afeganistão estão mais do que nunca no olho do furacão.
O sudeste asiático passou a preocupar o planeta desde que, em 2001, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão após os atentados de 11 de setembro. O objetivo era capturar o confesso autor dos ataques, o terrorista saudita Osama bin Laden. Sete anos depois, ele ainda não foi encontrado, ninguém sabe ao certo seu estado de saúde ou a localização precisa de seu esconderijo.
Enquanto o número de baixas americanas no Iraque vem caindo, a situação no Afeganistão está longe de ser controlada. Os talibãs continuam a dominar vastas áreas no país e o próprio governo americano admite a necessidade de adoção de uma nova estratégia. Por isso escalou o General David H. Petraeus - responsável pela virada no Iraque - para o cargo de Comandante Geral do efetivo no Afeganistão. Para mudar o jogo com os talibãs, ele recomenda "operações de contra-terrorismo, aproximação com a organização tribal local, reconciliação com militantes que não são 'hard-core' e mobilização dos demais Estados da região, incluindo a Arábia Saudita", explicou em entrevista ao The New York Times.
É urgente também a adoção desse tipo de estratégia nos países vizinhos. Índia e Paquistão, principalmente, cada vez mais sofrem com o crescimento de grupos extremistas e ações como as desta quinta-feira que resultaram na morte de mais de 50 pessoas e deixaram outros 150 feridos
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário