As eleições em Israel acontecerão em 17 de março. Como de costume, eleições em Israel provocam interesse internacional, ainda mais após os acontecimentos deste ano de 2014. Ao contrário do Brasil, Israel segue um sistema parlamentarista, o que implica estar sujeito a muitas idas e vindas. Na prática, se os partidos que compõem a coalizão do governo decidem abandoná-lo, novas eleições precisam ser convocadas.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu dissolveu a coalizão que o sustentava e novas eleições ao parlamento serão realizadas. O líder do bloco partidário que mais receber votos se tornará o próximo primeiro-ministro. Até aí, tudo bem. O problema é que no parlamentarismo os membros do parlamento tem de fato o poder de derrubar o governo. Ainda não cheguei a conclusões sobre o melhor sistema: este em que os membros do congresso podem causar reviravoltas políticas a qualquer tempo e forçar a convocação de eleições (não foi o caso desta vez em Israel, mas poderia ter sido, como em tantas outras ocasiões) ou o presidencialismo em que o presidente exerce seu mandato durante todo o período para o qual foi eleito, mas cujo congresso pode paralisar o governo na prática (os nossos nobres parlamentares por aqui usam o termo “trancar a pauta” para se referir a este situação em que medidas provisórias não são votadas).
Em termos comparativos, vale dizer que este é o décimo-nono Knesset, ou seja, a décima-nona configuração parlamentar israelense. Isso num país cuja refundação aconteceu há somente 66 anos. A média simples é de um novo parlamento a cada pouco mais de três anos, sendo que seus membros são eleitos para mandatos de quatro anos de duração.
Ao longo dos próximos textos tentarei apresentar uma visão mais ampla sobre o quadro político israelense que está em formação para as eleições de março de 2015.
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