Os EUA devem apresentar em breve uma estratégia mais ampla de combate à ISIS. É o que informa o site Daily Beast. O presidente Obama requisitou a assessores próximos e secretários do governo um plano de ação o mais rapidamente possível. Os americanos já estão em guerra contra o grupo terrorista, tanto que realizaram até agora mais de cem ataques. No entanto, estavam restritos ao Iraque. A discussão do momento em Washington é quanto à expansão das ações também em território sírio.
Isso significa, na prática, levar o país a se envolver na guerra civil síria, em curso desde 2011 e responsável pela morte de mais de 180 mil civis. Houve ocasiões em que a Casa Branca esteve próxima de realizar ações diretas na Síria, mas esta possibilidade nunca se concretizou. Até agora.
A ameaça da ISIS e sua crescente expansão no Oriente Médio é vista por Washington como risco a aliados regionais e mesmo ao próprio território americano, uma vez que a retórica fundamentalista do grupo já conseguiu cooptar cidadãos do país e existe o temor de que ações sejam realizadas dentro das fronteiras dos EUA. Obama, no entanto, está cauteloso por uma série de razões:
As guerras no Oriente Médio que marcam a política externa norte-americana desde 2001 e seus prejuízos políticos, militares e econômicos; a aliança com os grupos que combatem Bashar al-Assad na Síria (cujas fidelidades são questionáveis); e, claro, a eficácia dos ataques aéreos como forma de abordagem à ISIS. Seja como for, o fato é que Obama já tem como prioridade a destruição do grupo. Ou, ao menos, sua contenção. Isso porque, na prática, acabar com organizações terroristas tem se provado um objetivo pouco viável.
Resta saber qual será a decisão final do presidente americano em relação à estratégia a ser adotada. O ponto principal, no entanto, parece já estar decidido: os EUA devem entrar na Síria como forma de impedir que a ISIS continue intocável no território.