A prisão de Julian Assange, nesta terça-feira, em Londres, foi absolutamente inútil, sob a perspectiva dos muitos governos que querem apagar o incêndio causado pela divulgação das centenas de milhares de documentos secretos. Levando-se em consideração a intenção clara de acabar com o WikiLeaks, prender seu fundador é uma tremenda bola fora. E nem era difícil imaginar as muitas reações em sentido contrário.
Em primeiro lugar, o mundo virtual politizado e militante funciona sob regras próprias. Uma delas - e há um tanto de exagero nisso, mas esta é uma forma de raciocínio - é imaginar que se alguém está causando tanta preocupação e alvoroço é porque detém verdades muito incovenientes (para não fugir do lugar-comum).
Este olhar desconfiado sobre as ações em torno de Assange é o responsável pelo crescimento em progressão geométrica de seus admiradores virtuais. Tanto que o WikiLeaks já se reproduz em outras centenas de portais. Ou seja, e aí vai mais um mandamento de política da rede, o que está escrito não pode ser apagado nunca mais. E isso demonstra mais força neste caso, uma vez que, de fato, o conteúdo divulgado por Assange incomodou bastante.
A revista alemã Der Spiegel classifica o fundador do WikiLeaks como o inimigo público número um dos EUA. Não há paralelos para um aposto como este. A capacidade de mobilização em torno de tal slogan é imensa. Assange está plenamente satisfeito pelo enorme favor que Washington e as potências europeias estão lhe fazendo.
A guerra "limpa" que empreende e a maneira como se transformou no maior vilão da sociedade ocidental o colocam num lugar único e inédito. É como se Assange fosse um bin Laden laico, desarmado e disposto a manter em funcionamento suas bombas de informação. Quantas centenas de milhares de organizações anarquistas, movimentos antiglobalização, pacifistas e toda a sorte de questionadores não passaram a ver em Assange um líder nato, alguém que conseguiu finalmente dobrar as grandes lideranças políticas mundiais?
Este olhar desconfiado sobre as ações em torno de Assange é o responsável pelo crescimento em progressão geométrica de seus admiradores virtuais. Tanto que o WikiLeaks já se reproduz em outras centenas de portais. Ou seja, e aí vai mais um mandamento de política da rede, o que está escrito não pode ser apagado nunca mais. E isso demonstra mais força neste caso, uma vez que, de fato, o conteúdo divulgado por Assange incomodou bastante.
A revista alemã Der Spiegel classifica o fundador do WikiLeaks como o inimigo público número um dos EUA. Não há paralelos para um aposto como este. A capacidade de mobilização em torno de tal slogan é imensa. Assange está plenamente satisfeito pelo enorme favor que Washington e as potências europeias estão lhe fazendo.
A guerra "limpa" que empreende e a maneira como se transformou no maior vilão da sociedade ocidental o colocam num lugar único e inédito. É como se Assange fosse um bin Laden laico, desarmado e disposto a manter em funcionamento suas bombas de informação. Quantas centenas de milhares de organizações anarquistas, movimentos antiglobalização, pacifistas e toda a sorte de questionadores não passaram a ver em Assange um líder nato, alguém que conseguiu finalmente dobrar as grandes lideranças políticas mundiais?
Prender o criador do WikiLeaks é o mesmo que transformá-lo num mártir da informação. Um revolucionário que encontrou uma forma de expor as contradições mundiais sem disparar um tiro sequer. Quanto mais o portal for censurado mundialmente, mais seu líder será visto como um Gandhi contemporâneo digital.
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