Os conflitos no Oriente Médio costumam provocar acontecimentos impactantes. Mas, desta vez, o assassinato de crianças israelenses e palestina evidencia ainda mais a aberração das guerras.
Normalmente, este blog trata mais da análise política e passos estratégicos. No entanto, abro espaço aqui para reflexões um pouco diferentes das usuais.
O sequestro dos rapazes israelenses e do palestino deixam claro que, mais do que nunca, é importante frear ânimos e pedidos por vingança. Especialmente comovente a ligação telefônica intermediada pelo prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, entre a família de Naftali Fraenkel – um dos israelenses mortos – e de Mohammed Abu Khdeir, o menino palestino morto. As famílias lamentaram os assassinatos mútuos de seus filhos, complementando que não desejam qualquer escalada de violência.
A dor dessas famílias é inimaginável. São elas as principais vítimas de lemas que os assassinos usaram para cometer essas barbáries. O que significa pátria, nacionalismo, religião, bandeira e slogans políticos diante da morte de crianças? Nada justifica ou explica tais barbaridades.
Essas famílias enlutadas têm muito a ensinar. Na teoria, D’us compreende tudo e, imagino, deve ser o auge da sensatez. Por isso mesmo, D’us certamente compreende o fato de nós, serem humanos, amarmos mais a nossos filhos do que a Ele. Por consequência, está revoltado e desapontado com os assassinos de crianças por quem argumenta falar em nome Dele.
É neste ambiente de tristeza profunda, sensatez e estupefato testemunho diante da capacidade humana de ser irracional que o diálogo entre palestinos e israelenses deve ser retomado. Com a urgência do entendimento de que somos capazes de produzir os mais absurdos atos de violência.
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