quinta-feira, 28 de maio de 2009

Esperanças de paz morrem a cada dia na Ásia

Em complemento ao texto de ontem, os fatos de hoje apresentam as conclusões quase imediatas de que pode ser impossível voltar atrás no momento de corrida armamentista e, pior, de descontrole total de Ásia e Ásia Central.

Pela primeira vez em muitos anos, começa a tomar corpo no Japão a discussão sobre se o país deve recorrer à busca por um arsenal atômico próprio. O tema é tabu para os japoneses, principalmente pela lembrança mais do que viva das bombas de Hiroshima e Nagasaki.

A opinião dos japoneses é em parte fatalista. E eles têm uma boa dose de razão nisso principalmente pelo Japão ser um dos possíveis alvos no caso de um ataque norte-coreano.

“A ameaça cresceu e devemos desenvolver nosso próprio arsenal nuclear. A Coreia do Norte vai continuar os testes até possuir mísseis capazes de atingir os Estados Unidos”, diz Toshio Tamogami, ex-comandante da Força Aérea japonesa.

Apesar disso, a questão está bem longe de ser unanimidade. Pesquisa de um canal de televisão japonês realizada em 2006 mostrava que somente 10% dos entrevistados eram favoráveis ao desenvolvimento de armas nucleares pelo país.

Na outro grande motivo de instabilidade da região, dois novos atentados realizados pelo Talibã atingiram hoje a cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão. Seis pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas.

Para se ter a exata noção de quem são os membros que compõem o Talibã, vale reproduzir o que disse Hakimullah Mehsud, “pessoa” com conexão direta ao chefe do Talibã paquistanês, Baitullah Mehsud.

A conversa telefônica foi interceptada pelas autoridades de segurança do Paquistão e mostra bem o que pensam os membros da organização terrorista.

“Os ataques devem ser direcionados às casas dos soldados. Assim, seus filhos serão mortos e aí eles vão perceber”.

Não fica claro a que ele se refere quando menciona a percepção. Mas isso não faz a menor diferença. O que é fundamental é notar os inexistentes padrões éticos, morais e minimamente humanos do grupo. É difícil ter qualquer esperança de solução pacífica quando uma declaração como a acima vem a público.

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