Não por acaso, na mesma semana em que o governo do Paquistão praticamente cedeu parte de seu território ao Talibã, o presidente Obama decidiu enviar mais 17 mil soldados para o Afeganistão. Vencer a guerra contra o terrorismo no país não é apenas um fator estratégico regional, mas seria uma vitória pessoal e importante do atual governo americano. Muito embora é preciso deixar claro que os objetivos de Washington hoje são bem mais modestos que os de George W. Bush.
Segundo o jornal USA Today, para o secretário de defesa, Robert Gates, e demais oficiais da área, é preciso diminuir as expectativas no Afeganistão. Isso significa que os EUA se darão por satisfeitos em sua missão no país quando as tropas ocidentais forem capazes de ao menos dar segurança para a população local. A meta é muito mais modesta do que o messianismo de Bush. O ex-presidente americano não escondia de ninguém que segurança não era suficiente. Para ele, o ideal seria manter um Afeganistão seguro, mas também – e principalmente – democrático.
Agora, com a situação se deteriorando também no aliado Paquistão, foi preciso adaptar o discurso ao momento político. E foi esse o recado do comunicado oficial divulgado pela Casa Branca nesta terça-feira.
“O Talibã ressurgiu no Afeganistão, e a al-Qaeda dá apoio aos insurgentes ameaçando os EUA a partir da sua zona de conforto ao longo da região de fronteira com o Paquistão. O aumento de tropas é necessário para a estabilização deste cenário”, diz o informe.
O envio de mais 17 mil soldados é apenas o primeiro passo no plano de aumentar consideravelmente o efetivo no país. Atualmente contando com 36 mil militares, as forças de combate americanas devem ser fortalecidas por mais 30 mil soldados neste ano. Se somados aos já 143 mil militares no Iraque, mais de 200 mil americanos estarão em ação no Oriente Médio.
Longe de ter o único objetivo altruísta de pacificar o Afeganistão, Obama enxerga o conflito como uma oportunidade de vencer uma guerra “sua” no amplo combate ao terror, já que os americanos associam a guerra do Iraque ao ex-presidente Bush.
“É bastante claro que o Partido Democrata tornou o Afeganistão um símbolo de sua luta contra o terrorismo”, diz o cientista político Richard Eichenberg.
Vale tudo
É triste decepcionar tanta expectativa, mas a administração Obama revelou – meio às escondidas, é verdade – que não pretende descartar de vez todos os métodos de combate ao fundamentalismo empreendidos por Bush.
Figuras importantes do governo endossaram a abordagem da CIA de transferir prisioneiros para outros países sem necessidade de terem seus direitos legais exercidos. Além disso, a agência poderá manter reclusos suspeitos de participação em atos terroristas sem que eles tenham sido julgados.
Segundo o jornal USA Today, para o secretário de defesa, Robert Gates, e demais oficiais da área, é preciso diminuir as expectativas no Afeganistão. Isso significa que os EUA se darão por satisfeitos em sua missão no país quando as tropas ocidentais forem capazes de ao menos dar segurança para a população local. A meta é muito mais modesta do que o messianismo de Bush. O ex-presidente americano não escondia de ninguém que segurança não era suficiente. Para ele, o ideal seria manter um Afeganistão seguro, mas também – e principalmente – democrático.
Agora, com a situação se deteriorando também no aliado Paquistão, foi preciso adaptar o discurso ao momento político. E foi esse o recado do comunicado oficial divulgado pela Casa Branca nesta terça-feira.
“O Talibã ressurgiu no Afeganistão, e a al-Qaeda dá apoio aos insurgentes ameaçando os EUA a partir da sua zona de conforto ao longo da região de fronteira com o Paquistão. O aumento de tropas é necessário para a estabilização deste cenário”, diz o informe.
O envio de mais 17 mil soldados é apenas o primeiro passo no plano de aumentar consideravelmente o efetivo no país. Atualmente contando com 36 mil militares, as forças de combate americanas devem ser fortalecidas por mais 30 mil soldados neste ano. Se somados aos já 143 mil militares no Iraque, mais de 200 mil americanos estarão em ação no Oriente Médio.
Longe de ter o único objetivo altruísta de pacificar o Afeganistão, Obama enxerga o conflito como uma oportunidade de vencer uma guerra “sua” no amplo combate ao terror, já que os americanos associam a guerra do Iraque ao ex-presidente Bush.
“É bastante claro que o Partido Democrata tornou o Afeganistão um símbolo de sua luta contra o terrorismo”, diz o cientista político Richard Eichenberg.
Vale tudo
É triste decepcionar tanta expectativa, mas a administração Obama revelou – meio às escondidas, é verdade – que não pretende descartar de vez todos os métodos de combate ao fundamentalismo empreendidos por Bush.
Figuras importantes do governo endossaram a abordagem da CIA de transferir prisioneiros para outros países sem necessidade de terem seus direitos legais exercidos. Além disso, a agência poderá manter reclusos suspeitos de participação em atos terroristas sem que eles tenham sido julgados.
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