É bem possível que algo de muito grave venha a ocorrer em breve no Oriente Médio. E mais especificamente entre israelenses e palestinos. Como muita calma costuma antecipar grandes tensões na região, esta lógica perversa deve voltar a funcionar. Mas há alguns motivos bastante claros para a erupção de uma terceira intifada palestina.
Estava tudo muito calmo por ali. Principalmente para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A economia cresce e se recupera da crise financeira, o turismo volta a apresentar índices bastante positivos, e, mais importante, os atentados terroristas estão sendo contidos. Nas fronteiras norte – Líbano – e sul – Gaza – bem ou mal os ataques de Hezbolah e Hamas, respectivamente, diminuíram bastante. Nunca nenhum governo israelense vai admitir, mas é claro que existe internamente um número a ser tolerado. Já se sabe que será bem improvável que este número chegue a zero.
O problema é que a situação é bem diferente nos territórios controlados pela Autoridade Palestina. Ou melhor, Gaza é quase um Estado soberano do Hamas e isso em parte explica a tensão crescente entre os palestinos – e também é um motivo que pode levar à coordenação de uma terceira intifada.
Mesmo após o congresso do Fatah, em agosto passado, não houve acerto entre o próprio Fatah e o Hamas. Pra completar, a incongruência dos dois ficou evidente após o fracasso da iniciativa egípcia de formalizar um acordo entre as partes. Some-se a isso a recusa do Hamas em participar das eleições gerais convocadas pelo presidente da AP, Mahmoud Abbas, que estavam marcadas para 24 de janeiro do ano que vem.
Ninguém sabe mais o que vai acontecer. O futuro da AP está a perigo e Abbas declarou que vai deixar o cargo. A escalada política que deve desaguar numa nova revolta palestina caminha a passos largos e segue também a mesma lógica que, off-record, justificaram as duas intifadas anteriores: somente a revolta popular seria capaz de pressionar por reformas políticas na estrutura de poder palestina.
A indiferença de Bibi à situação é ainda pior. Como continua se recusando a congelar a construção de assentamentos na Cisjordânia, oferece de bandeja um argumento que a comunidade internacional considera legítimo para a AP deixar a mesa de negociações e, pior, Abbas abandonar a política.
Estava tudo muito calmo por ali. Principalmente para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A economia cresce e se recupera da crise financeira, o turismo volta a apresentar índices bastante positivos, e, mais importante, os atentados terroristas estão sendo contidos. Nas fronteiras norte – Líbano – e sul – Gaza – bem ou mal os ataques de Hezbolah e Hamas, respectivamente, diminuíram bastante. Nunca nenhum governo israelense vai admitir, mas é claro que existe internamente um número a ser tolerado. Já se sabe que será bem improvável que este número chegue a zero.
O problema é que a situação é bem diferente nos territórios controlados pela Autoridade Palestina. Ou melhor, Gaza é quase um Estado soberano do Hamas e isso em parte explica a tensão crescente entre os palestinos – e também é um motivo que pode levar à coordenação de uma terceira intifada.
Mesmo após o congresso do Fatah, em agosto passado, não houve acerto entre o próprio Fatah e o Hamas. Pra completar, a incongruência dos dois ficou evidente após o fracasso da iniciativa egípcia de formalizar um acordo entre as partes. Some-se a isso a recusa do Hamas em participar das eleições gerais convocadas pelo presidente da AP, Mahmoud Abbas, que estavam marcadas para 24 de janeiro do ano que vem.
Ninguém sabe mais o que vai acontecer. O futuro da AP está a perigo e Abbas declarou que vai deixar o cargo. A escalada política que deve desaguar numa nova revolta palestina caminha a passos largos e segue também a mesma lógica que, off-record, justificaram as duas intifadas anteriores: somente a revolta popular seria capaz de pressionar por reformas políticas na estrutura de poder palestina.
A indiferença de Bibi à situação é ainda pior. Como continua se recusando a congelar a construção de assentamentos na Cisjordânia, oferece de bandeja um argumento que a comunidade internacional considera legítimo para a AP deixar a mesa de negociações e, pior, Abbas abandonar a política.
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