Não há dúvidas de que a visita do presidente israelense, Shimon Peres, ao Brasil pretende frear o estreitamento de laços do Irã com os demais países do continente. Este não é o único significado da estadia de um dos mais importantes e respeitados estadistas do mundo. Mostra também como o Brasil passou a ser um ator importante das relações internacionais neste início de século.
Aproximar-se do Brasil é também se associar ao Estado com o maior peso internacional da região. Além disso, o governo Lula representa hoje a administração mais racional na América do Sul e capaz de escolher parceiros menos por ideologia e mais por pragmatismo. Vale lembrar que o país é capaz de realizar transações comerciais e contatos diplomáticos com os demais Estados das Américas e também com atores importantes como China, Rússia, Irã, Estados Unidos e União Europeia. Todos ao mesmo tempo.
Peres discursou em Brasília diante de deputados e senadores. Revelou as intenções israelenses de abrir negociações de paz diretas com a Síria e retomar os diálogos com os palestinos e deu o recado sobre a posição oficial em relação ao Irã – embora, por questões diplomáticas, não tenha se fixado tanto no assunto. Após reunião com o presidente Lula, hoje, pelo menos um importante resultado prático: o Brasil fechou um acordo no valor de 350 milhões de dólares com as Indústrias Aeroespaciais Israelenses. A negociação deve permitir ao Brasil o acesso a aviões não-tripulados para patrulhar as fronteiras e o equipamento deve ser usado também durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas no Rio.
A visita de Peres marca o que se pode chamar de simbiose internacional. É boa para o Brasil, já que o país pretende exercer um papel de maior destaque nas tentativas de diálogo no Oriente Médio e busca a sonhada vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU – e em breve Lula irá receber, além do polêmico presidente iraniano, o presidente palestino, Mahmoud Abbas. O encontro entre Lula e Peres também é importante para o israelense, que conseguiu suceder magistralmente o insosso e acusado de crimes sexuais Moshe Katsav, transformando a presidência de Israel num cargo de verdadeira relevância política.
O que ficou pendente até agora é uma questão delicada e completamente ignorada pela imprensa daqui. A carga de armamentos apreendida pela marinha israelense no último dia 4 a bordo de um navio iraniano continha contêineres com inscrições provavelmente em português. Digo provavelmente porque podem ser em espanhol também; as palavras “lote” “disparo” e “espoleta” são comuns aos dois idiomas. Mas o que importa mesmo é o conteúdo da carga: rifles M40. Ninguém vai questionar o ocorrido? O governo brasileiro não irá se pronunciar sobre o assunto? Amanhã um texto mais detalhado sobre o assunto onde pretendo articular alguns fatos aparentemente isolados acerca desta apreensão.
Aproximar-se do Brasil é também se associar ao Estado com o maior peso internacional da região. Além disso, o governo Lula representa hoje a administração mais racional na América do Sul e capaz de escolher parceiros menos por ideologia e mais por pragmatismo. Vale lembrar que o país é capaz de realizar transações comerciais e contatos diplomáticos com os demais Estados das Américas e também com atores importantes como China, Rússia, Irã, Estados Unidos e União Europeia. Todos ao mesmo tempo.
Peres discursou em Brasília diante de deputados e senadores. Revelou as intenções israelenses de abrir negociações de paz diretas com a Síria e retomar os diálogos com os palestinos e deu o recado sobre a posição oficial em relação ao Irã – embora, por questões diplomáticas, não tenha se fixado tanto no assunto. Após reunião com o presidente Lula, hoje, pelo menos um importante resultado prático: o Brasil fechou um acordo no valor de 350 milhões de dólares com as Indústrias Aeroespaciais Israelenses. A negociação deve permitir ao Brasil o acesso a aviões não-tripulados para patrulhar as fronteiras e o equipamento deve ser usado também durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas no Rio.
A visita de Peres marca o que se pode chamar de simbiose internacional. É boa para o Brasil, já que o país pretende exercer um papel de maior destaque nas tentativas de diálogo no Oriente Médio e busca a sonhada vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU – e em breve Lula irá receber, além do polêmico presidente iraniano, o presidente palestino, Mahmoud Abbas. O encontro entre Lula e Peres também é importante para o israelense, que conseguiu suceder magistralmente o insosso e acusado de crimes sexuais Moshe Katsav, transformando a presidência de Israel num cargo de verdadeira relevância política.
O que ficou pendente até agora é uma questão delicada e completamente ignorada pela imprensa daqui. A carga de armamentos apreendida pela marinha israelense no último dia 4 a bordo de um navio iraniano continha contêineres com inscrições provavelmente em português. Digo provavelmente porque podem ser em espanhol também; as palavras “lote” “disparo” e “espoleta” são comuns aos dois idiomas. Mas o que importa mesmo é o conteúdo da carga: rifles M40. Ninguém vai questionar o ocorrido? O governo brasileiro não irá se pronunciar sobre o assunto? Amanhã um texto mais detalhado sobre o assunto onde pretendo articular alguns fatos aparentemente isolados acerca desta apreensão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário