Não apenas por conta das denúncias e comprovações sobre a fraude nas eleições afegãs a posição americana é altamente constrangedora e delicada. A situação questionável é fruto de uma derrubada de peças de dominó que vem ocorrendo em sequência desde os atentados de 11 de Setembro de 2001. Às vezes tudo isso pode parecer um tanto distante e desassociado com o status quo caótico, mas os ataques terroristas cometidos pela al-Qaeda nos Estados Unidos foram os responsáveis pela decisão da Casa Branca de invadir o Afeganistão.
E não somente isso. A opção pela guerra do Afeganistão aconteceu justificadamente e contou inclusive com o apoio da comunidade internacional – na época ainda sem saber exatamente a dimensão das mudanças que estavam por vir. Os Estados Unidos expuseram motivos válidos para enviar sua máquina militar ao país asiático: era preciso prender e julgar os terroristas da al-Qaeda. E eles estavam escondidos em montanhas e cavernas de pontos remotos do Afeganistão.
Hoje, após bilhões de dólares dos contribuintes americanos gastos na empreitada, Osama bin Laden não foi encontrado. O objetivo acabou por mudar completamente, e EUA e OTAN lutam sem sucesso para derrotar de vez o Talibã, grupo terrorista que ainda domina boa parte do território.
Generais são destituídos e outros assumem sem qualquer previsão de vitória das forças ocidentais. Aliás, não fica claro o que seria vencer, principalmente quando se levam em conta os objetivos iniciais da invasão americana de 2001. Nem a al-Qaeda se esconde no Afeganistão, muito menos bin Laden.
Ao mesmo tempo, ao assumir essa guerra como sua, o presidente Obama se depara com grande possibilidade de fracasso. Até porque está cada vez mais claro que os impostos dos cidadãos americanos estão sendo usados para construir um outro país. E justamente num momento de recuperação pós-crise econômica que apresenta taxas de desemprego crescentes nos EUA.
E não somente isso. A opção pela guerra do Afeganistão aconteceu justificadamente e contou inclusive com o apoio da comunidade internacional – na época ainda sem saber exatamente a dimensão das mudanças que estavam por vir. Os Estados Unidos expuseram motivos válidos para enviar sua máquina militar ao país asiático: era preciso prender e julgar os terroristas da al-Qaeda. E eles estavam escondidos em montanhas e cavernas de pontos remotos do Afeganistão.
Hoje, após bilhões de dólares dos contribuintes americanos gastos na empreitada, Osama bin Laden não foi encontrado. O objetivo acabou por mudar completamente, e EUA e OTAN lutam sem sucesso para derrotar de vez o Talibã, grupo terrorista que ainda domina boa parte do território.
Generais são destituídos e outros assumem sem qualquer previsão de vitória das forças ocidentais. Aliás, não fica claro o que seria vencer, principalmente quando se levam em conta os objetivos iniciais da invasão americana de 2001. Nem a al-Qaeda se esconde no Afeganistão, muito menos bin Laden.
Ao mesmo tempo, ao assumir essa guerra como sua, o presidente Obama se depara com grande possibilidade de fracasso. Até porque está cada vez mais claro que os impostos dos cidadãos americanos estão sendo usados para construir um outro país. E justamente num momento de recuperação pós-crise econômica que apresenta taxas de desemprego crescentes nos EUA.
Para complicar ainda mais, a Casa Branca e a OTAN acabam de patrocinar eleições fraudulentas. O presidente Hamid Karzai não conta com o apoio sequer da maioria dos afegãos, algo que torna ainda mais ilegítima a tentativa de “inventar” uma nação. O problema é que abandonar este projeto agora seria jogar bilhões de dólares no lixo e assumir terríveis consequências internacionais.
Por conta de todos esses complicadores, as alternativas são muito poucas. Resta à administração americana continuar a combater o Talibã de um lado e criar a infraestrutura de Estado, de outro. Ou seja, o projeto vai permanecer caro e seus resultados não serão percebidos em curto prazo. Mas esta opção ainda é melhor do que deixar o barco à deriva e permitir que os talibãs comemorem vitória sobre a OTAN e os EUA. Aí sim os resultados seriam ainda mais catastróficos.
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