A estratégia de Obama para o Afeganistão é tão complexa, cara e demorada que é quase impossível acreditar no prazo que estabelece para iniciar o retorno dos soldados americanos aos EUA: 18 meses. Basta listar os desafios que a coalizão comandada pelos Estados Unidos enfrenta há oito anos. Se, depois de todo este tempo, o Talibã permanece ativo e domina grandes porções de território, o que seria tão diferente agora que levaria a crer que a estratégia poderia ser bem sucedida?
Para piorar, há oito anos Washington contava com grande apoio interno e externo para caçar bin-Laden – o esquecido objetivo inicial da campanha. Hoje, a situação é bem diferente. Boa parte da opinião pública americana considera que o governo deveria se empenhar em diminuir o desemprego – com taxa média superior à casa dos 10% -, por exemplo.
Definitivamente, o momento não é nada bom para Obama, cujo índice de aprovação caiu para 49% - 20 pontos a menos do que os 70% de sua posse. Mas o presidente americano não tem alternativas.
Não concordo com a opinião de que os EUA deveriam simplesmente deixar o Afeganistão. Penso que seria admitir perigosamente uma derrota para o fundamentalismo islâmico que teria consequências catastróficas em todo o mundo. A resistência Talibã seria um modelo a ser exportado para outras zonas de conflito envolvendo terroristas fundamentalistas. Mas tampouco acredito que seja função de Washington arcar com custos e riscos de criar um projeto de nação afegã, patrocinando inclusive o corrupto governo do presidente Hamid Karzai.
Talvez o dinheiro devesse ser investido no pagamento de salários mais atraentes para os que desejassem deixar as fileiras do fundamentalismo e se unir às embrionárias forças de segurança. Este me parece ser um caminho a ser seguido. Basta lembrar que os salários pagos pelos EUA atualmente estão na casa dos 100 dólares mensais, enquanto o Talibã oferece 300 dólares. Medidas pragmáticas como essa me parecem capazes de mudar a realidade em longo prazo.
Por ora, sabe-se apenas que os 30 mil soldados que Obama mandará para o Afeganistão irão contribuir para formar um respeitável contingente de quase 150 mil combatentes. Entretanto, esse número não vai ser eficaz sozinho, caso o "aliado" Paquistão continue a não reprimir os talibãs que circulam livremente na fronteira do país.
Para piorar, há oito anos Washington contava com grande apoio interno e externo para caçar bin-Laden – o esquecido objetivo inicial da campanha. Hoje, a situação é bem diferente. Boa parte da opinião pública americana considera que o governo deveria se empenhar em diminuir o desemprego – com taxa média superior à casa dos 10% -, por exemplo.
Definitivamente, o momento não é nada bom para Obama, cujo índice de aprovação caiu para 49% - 20 pontos a menos do que os 70% de sua posse. Mas o presidente americano não tem alternativas.
Não concordo com a opinião de que os EUA deveriam simplesmente deixar o Afeganistão. Penso que seria admitir perigosamente uma derrota para o fundamentalismo islâmico que teria consequências catastróficas em todo o mundo. A resistência Talibã seria um modelo a ser exportado para outras zonas de conflito envolvendo terroristas fundamentalistas. Mas tampouco acredito que seja função de Washington arcar com custos e riscos de criar um projeto de nação afegã, patrocinando inclusive o corrupto governo do presidente Hamid Karzai.
Talvez o dinheiro devesse ser investido no pagamento de salários mais atraentes para os que desejassem deixar as fileiras do fundamentalismo e se unir às embrionárias forças de segurança. Este me parece ser um caminho a ser seguido. Basta lembrar que os salários pagos pelos EUA atualmente estão na casa dos 100 dólares mensais, enquanto o Talibã oferece 300 dólares. Medidas pragmáticas como essa me parecem capazes de mudar a realidade em longo prazo.
Por ora, sabe-se apenas que os 30 mil soldados que Obama mandará para o Afeganistão irão contribuir para formar um respeitável contingente de quase 150 mil combatentes. Entretanto, esse número não vai ser eficaz sozinho, caso o "aliado" Paquistão continue a não reprimir os talibãs que circulam livremente na fronteira do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário