Muito interessante a recente disputa entre China e EUA. Depois do capítulo Google – ainda não superado, diga-se de passagem –, Washington decidiu dar o troco. E o fez entrando de sola num dos assuntos mais caros a Beijing: a soberania de Taiwan.
Obama anunciou a venda de 6,4 bilhões de dólares em equipamentos militares para a ilha que a China considera parte de seu território. Ou seja, na visão dos chineses, os EUA decidiram se intrometer num assunto interno do país. Para completar, num dos principais temas de discussão e com alta dose de polêmica.
Esta é a forma que a Casa Branca encontrou para retaliar as insistentes tentativas chinesas de oposição aos interesses americanos globais e, mais especificamente, asiáticos.
Beijing não agiu como os americanos esperavam em relação a assuntos estratégicos: sanções aos programas nucleares de Irã e Coreia do Norte, e a busca por um pacto ambiental de proporções mundiais. Além de se recusar a por o pé no freio de sua economia em nome do planeta, a China ainda tem procurado parceiros como Brasil, África do Sul e Rússia para dialogar. Tem deixado os Estados Unidos de fora de questões importantes.
A situação não vai gerar nada além de constrangimento, tensão e discussões pela imprensa. Não haverá uma guerra por isso, mas fica claro que os Estados Unidos mantêm a velha posição internacional de não aceitar o nascimento de uma potência regional de proporções capazes de ameaçá-los em algum momento. O Congresso americano, inclusive, formalizou tal diretriz em 1979, ao aprovar aliança militar entre o país e Taiwan. A partir daquele ano, caberia aos EUA garantir a segurança da ilha. Ou seja, o governo deve intervir sempre que julgar necessário. Obama agora se vale desta prerrogativa para mandar seu recado a Beijing.
O problema é que, se Taiwan é o calcanhar de aquiles dos chineses, atualmente a economia é o paralelo dos americanos. Tendo isso muito claro, o governo da China não respondeu apenas com sanções estatais, mas ameaçou aplicar punições a empresas envolvidas neste pacote de vendas de armas.
Como informa o britânico Guardian, Lockheed Martin e Boeing podem ser as mais prejudicadas, afinal estima-se que até 2028 a China pretenda comprar quase 4 mil aeronaves. Com os dois gigantes da aviação fora do jogo, é natural que a Airbus seja a grande beneficiada. E como exigir que a iniciativa privada compre os princípios estratégicos do governo num momento de crise? Obama irá precisar dar contrapartidas financeiras às empresas em nome dos interesses nacionais. Com isso, mais uma vez, arriscará sua própria popularidade diante da opinião pública.
Obama anunciou a venda de 6,4 bilhões de dólares em equipamentos militares para a ilha que a China considera parte de seu território. Ou seja, na visão dos chineses, os EUA decidiram se intrometer num assunto interno do país. Para completar, num dos principais temas de discussão e com alta dose de polêmica.
Esta é a forma que a Casa Branca encontrou para retaliar as insistentes tentativas chinesas de oposição aos interesses americanos globais e, mais especificamente, asiáticos.
Beijing não agiu como os americanos esperavam em relação a assuntos estratégicos: sanções aos programas nucleares de Irã e Coreia do Norte, e a busca por um pacto ambiental de proporções mundiais. Além de se recusar a por o pé no freio de sua economia em nome do planeta, a China ainda tem procurado parceiros como Brasil, África do Sul e Rússia para dialogar. Tem deixado os Estados Unidos de fora de questões importantes.
A situação não vai gerar nada além de constrangimento, tensão e discussões pela imprensa. Não haverá uma guerra por isso, mas fica claro que os Estados Unidos mantêm a velha posição internacional de não aceitar o nascimento de uma potência regional de proporções capazes de ameaçá-los em algum momento. O Congresso americano, inclusive, formalizou tal diretriz em 1979, ao aprovar aliança militar entre o país e Taiwan. A partir daquele ano, caberia aos EUA garantir a segurança da ilha. Ou seja, o governo deve intervir sempre que julgar necessário. Obama agora se vale desta prerrogativa para mandar seu recado a Beijing.
O problema é que, se Taiwan é o calcanhar de aquiles dos chineses, atualmente a economia é o paralelo dos americanos. Tendo isso muito claro, o governo da China não respondeu apenas com sanções estatais, mas ameaçou aplicar punições a empresas envolvidas neste pacote de vendas de armas.
Como informa o britânico Guardian, Lockheed Martin e Boeing podem ser as mais prejudicadas, afinal estima-se que até 2028 a China pretenda comprar quase 4 mil aeronaves. Com os dois gigantes da aviação fora do jogo, é natural que a Airbus seja a grande beneficiada. E como exigir que a iniciativa privada compre os princípios estratégicos do governo num momento de crise? Obama irá precisar dar contrapartidas financeiras às empresas em nome dos interesses nacionais. Com isso, mais uma vez, arriscará sua própria popularidade diante da opinião pública.
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