Pode soar estranho que o fim da Guerra em Gaza seja decidido de forma unilateral. Mas é assim mesmo que a ofensiva israelense será encerrada. Justamente da maneira como queriam a ministra-candidata Tzipi Livni e o também ministro-candidato Ehud Barak.
Mais ainda, a decisão de interromper os ataques sem um acordo formal é um recado regional ao Irã, como já escrevi outras vezes por aqui. Ao contrário do ocorrido na Segunda Guerra do Líbano, em 2006, quando uma resolução da ONU foi realmente implantada na área de combate e o Hezbolah reivindicou com retórica uma vitória sobre Israel, o governo de Jerusalém hoje não está disposto a dar qualquer chance ao Hamas de se tornar um ator regional legítimo ou importante. Menos ainda ao seu fornecedor, o Irã.
Israel irá simplesmente interromper a ofensiva. Segundo o Haaretz, o documento assinado entre Livni e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, prevê um policiamento rígido ao contrabando de armamento iraniano para Gaza. O acordo entre EUA e Israel envolve uma série de medidas internacionais e não se restringe somente ao patrulhamento da fronteira entre Egito e o território palestino.
O objetivo é impedir a chegada de armas à região e acabar com o contrabando em sua origem. Haverá vigilância sobre todo o percurso do tráfico de armamento, inclusive com patrulhas no Golfo Pérsico, Sudão e outros países vizinhos. O gesto pode ser interpretado como uma mensagem conjunta de israelenses e americanos às pretensões iranianas na região.
Por mais que a administração Bush esteja de saída, o acordo já foi repassado à próxima gestão americana.
Em relação à cooperação egípcia para evitar o contrabando de armas, o jornal israelense informa que fontes garantem que já houve progressos consideráveis para convencer o governo de Mubarak. Muito possivelmente, observadores internacionais vão monitorar os túneis na fronteira entre Gaza e Egito.
Mais ainda, a decisão de interromper os ataques sem um acordo formal é um recado regional ao Irã, como já escrevi outras vezes por aqui. Ao contrário do ocorrido na Segunda Guerra do Líbano, em 2006, quando uma resolução da ONU foi realmente implantada na área de combate e o Hezbolah reivindicou com retórica uma vitória sobre Israel, o governo de Jerusalém hoje não está disposto a dar qualquer chance ao Hamas de se tornar um ator regional legítimo ou importante. Menos ainda ao seu fornecedor, o Irã.
Israel irá simplesmente interromper a ofensiva. Segundo o Haaretz, o documento assinado entre Livni e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, prevê um policiamento rígido ao contrabando de armamento iraniano para Gaza. O acordo entre EUA e Israel envolve uma série de medidas internacionais e não se restringe somente ao patrulhamento da fronteira entre Egito e o território palestino.
O objetivo é impedir a chegada de armas à região e acabar com o contrabando em sua origem. Haverá vigilância sobre todo o percurso do tráfico de armamento, inclusive com patrulhas no Golfo Pérsico, Sudão e outros países vizinhos. O gesto pode ser interpretado como uma mensagem conjunta de israelenses e americanos às pretensões iranianas na região.
Por mais que a administração Bush esteja de saída, o acordo já foi repassado à próxima gestão americana.
Em relação à cooperação egípcia para evitar o contrabando de armas, o jornal israelense informa que fontes garantem que já houve progressos consideráveis para convencer o governo de Mubarak. Muito possivelmente, observadores internacionais vão monitorar os túneis na fronteira entre Gaza e Egito.
Ataque ao prédio da ONU
Apenas Olmert ainda acreditava que havia objetivos a serem alcançados nessa ofensiva. Por isso foi o responsável por pedir desculpas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, após os ataques israelenses que atingiram um complexo da organização. A explicação pelo erro do exército do país foi transmitida pela tevê numa cena bastante constrangedora. Até porque não se pode justificar o injustificável.
Sobre isso, creio que Israel está numa posição bastante desfavorável. Justamente por se esperar do país uma postura moral e ética que não se cobra do Hamas, grupo assumidamente extremista e que não se compromete com qualquer lei internacional ou, menos ainda, de direitos humanos.
O Hamas exige a destruição do Estado Judeu e, por mais estragos que tenha sofrido ao longo dessas três semanas, está na confortável situação de não ter compromissos com ninguém, somente com seus objetivos e táticas condenáveis.
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