Em conferência de imprensa no Cairo, representantes do Hamas declararam que aceitam em termos gerais a proposta egípcia para um acordo com Israel que colocaria fim à ofensiva iniciada em 27 de dezembro.
Segundo o Haaretz, os líderes do grupo ainda têm restrições à proposta, mas, em geral, estão dispostos a aceitar a iniciativa por ela ser muito semelhante à apresentada em 2005, na qual funcionários da Autoridade Palestina seriam os responsáveis pela vigilância da fronteira de Gaza com o Egito sob supervisão de observadores europeus.
De acordo com o canal de televisão saudita Al-Arabiya, para aceitar a proposta, o Hamas exige a retirada imediata das forças armadas israelenses do território palestino. Segundo o Jerusalem Post, hoje à noite o trio israelense Olmert, Barak e Livni se reúne para chegar a uma decisão sobre o fim da guerra.
Ainda há muitos detalhes a serem discutidos, mas parece que este pode ser o início da conclusão do conflito.
Segundo informações do Haaretz, funcionários do alto escalão de defesa israelense são contrários à expansão da ofensiva em Gaza.
Em encontro com o comando do exército e outros órgãos de segurança, oficiais afirmaram que o país alcançou há alguns dias todos os objetivos possíveis na operação. Embora não estejam claros quais seriam eles, analisando o histórico do atual conflito, é bastante provável que a infra-estrutura de túneis tenha sido amplamente danificada, além de vários membros do Hamas, mortos.
A decisão de interromper os ataques pode ser tomada mesmo antes de o Egito acertar os detalhes sobre a vigilância dos túneis restantes. Mas, segundo os oficiais, Israel deverá deixar claro que responderá com rapidez e severidade a qualquer violação da trégua.
Há, entretanto, alguns empecilhos que impedem o fim da guerra. Do lado israelense, permanece a divergência interna das três principais figuras do governo. O ministro da Defesa, Ehud Barak, acredita que a operação já chegou a seu ponto máximo: levar para o lado israelense o maior poder de barganha. Em sua opinião, há ainda dois riscos políticos na permanência do país em Gaza: 1 – com a posse de Obama, na semana que vem, o novo presidente pode impor a retirada imediata de Israel dos territórios; 2 – uma nova e mais pesada resolução da ONU.
A ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, também está com Barak. Para ela, a ofensiva deve ser encerrada mesmo sem acordo porque não é mais possível obter qualquer ganho no campo de batalha capaz de ser revertido em capital político. Livni crê que Israel deve aproveitar agora o poder de barganha alcançado durante os combates com o Hamas.
Apenas o primeiro-ministro Olmert é favorável à continuidade dos ataques. Ele acredita que há ainda objetivos militares a serem atingidos. Como ele é o único com poder para convocar a reunião de gabinete que poderá decidir sobre um possível cessar-fogo, é sua opinião que prevalece. Até por uma questão de logística política.
A questão é que o ponto de Ehud Barak é bastante plausível. Caso Israel continue a atacar o Hamas em Gaza, existe a real possibilidade de o país se ver na obrigação de retroceder após a posse de Obama. O presidente eleito americano já declarou que a resolução do conflito em Gaza é prioridade de sua agenda internacional e deve se debruçar sobre este assunto logo que assumir. E nada melhor do que o auto-intitulado presidente da “mudança” ser o responsável por acabar com uma guerra que mobiliza de maneira tão apaixonada a opinião pública mundial.
Obama e Israel
É bom deixar claro, no entanto, que o apoio dos Estados Unidos a Israel não deve mudar com (ou apesar de) Obama. Em sabatina no Senado americano nesta terça-feira, a próxima secretária de Estado, Hillary Clinton, reafirmou os compromissos dos EUA com Israel.
“A administração (Obama) é profundamente simpática ao desejo de Israel de se defender sob as condições atuais e de se ver livre dos mísseis do Hamas”, disse.
Segundo o Haaretz, os líderes do grupo ainda têm restrições à proposta, mas, em geral, estão dispostos a aceitar a iniciativa por ela ser muito semelhante à apresentada em 2005, na qual funcionários da Autoridade Palestina seriam os responsáveis pela vigilância da fronteira de Gaza com o Egito sob supervisão de observadores europeus.
De acordo com o canal de televisão saudita Al-Arabiya, para aceitar a proposta, o Hamas exige a retirada imediata das forças armadas israelenses do território palestino. Segundo o Jerusalem Post, hoje à noite o trio israelense Olmert, Barak e Livni se reúne para chegar a uma decisão sobre o fim da guerra.
Ainda há muitos detalhes a serem discutidos, mas parece que este pode ser o início da conclusão do conflito.
Segundo informações do Haaretz, funcionários do alto escalão de defesa israelense são contrários à expansão da ofensiva em Gaza.
Em encontro com o comando do exército e outros órgãos de segurança, oficiais afirmaram que o país alcançou há alguns dias todos os objetivos possíveis na operação. Embora não estejam claros quais seriam eles, analisando o histórico do atual conflito, é bastante provável que a infra-estrutura de túneis tenha sido amplamente danificada, além de vários membros do Hamas, mortos.
A decisão de interromper os ataques pode ser tomada mesmo antes de o Egito acertar os detalhes sobre a vigilância dos túneis restantes. Mas, segundo os oficiais, Israel deverá deixar claro que responderá com rapidez e severidade a qualquer violação da trégua.
Há, entretanto, alguns empecilhos que impedem o fim da guerra. Do lado israelense, permanece a divergência interna das três principais figuras do governo. O ministro da Defesa, Ehud Barak, acredita que a operação já chegou a seu ponto máximo: levar para o lado israelense o maior poder de barganha. Em sua opinião, há ainda dois riscos políticos na permanência do país em Gaza: 1 – com a posse de Obama, na semana que vem, o novo presidente pode impor a retirada imediata de Israel dos territórios; 2 – uma nova e mais pesada resolução da ONU.
A ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, também está com Barak. Para ela, a ofensiva deve ser encerrada mesmo sem acordo porque não é mais possível obter qualquer ganho no campo de batalha capaz de ser revertido em capital político. Livni crê que Israel deve aproveitar agora o poder de barganha alcançado durante os combates com o Hamas.
Apenas o primeiro-ministro Olmert é favorável à continuidade dos ataques. Ele acredita que há ainda objetivos militares a serem atingidos. Como ele é o único com poder para convocar a reunião de gabinete que poderá decidir sobre um possível cessar-fogo, é sua opinião que prevalece. Até por uma questão de logística política.
A questão é que o ponto de Ehud Barak é bastante plausível. Caso Israel continue a atacar o Hamas em Gaza, existe a real possibilidade de o país se ver na obrigação de retroceder após a posse de Obama. O presidente eleito americano já declarou que a resolução do conflito em Gaza é prioridade de sua agenda internacional e deve se debruçar sobre este assunto logo que assumir. E nada melhor do que o auto-intitulado presidente da “mudança” ser o responsável por acabar com uma guerra que mobiliza de maneira tão apaixonada a opinião pública mundial.
Obama e Israel
É bom deixar claro, no entanto, que o apoio dos Estados Unidos a Israel não deve mudar com (ou apesar de) Obama. Em sabatina no Senado americano nesta terça-feira, a próxima secretária de Estado, Hillary Clinton, reafirmou os compromissos dos EUA com Israel.
“A administração (Obama) é profundamente simpática ao desejo de Israel de se defender sob as condições atuais e de se ver livre dos mísseis do Hamas”, disse.
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