O site americano Politico anuncia com exclusividade – até onde eu saiba – uma notícia importante para o cenário internacional: existiria a possibilidade de o Irã aceitar a oferta ocidental de trocar urânio enriquecido por combustível nuclear para uso médico. Na prática, significaria o primeiro retrocesso do regime de Teerã em seu programa nuclear.
A contraproposta do regime Khamenei-Ahmadinejad muda um pouco o plano original do grupo conhecido como P5+1 (China, França, Alemanha, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos). Inicialmente, a República Islâmica deveria enviar 1200 quilos de LEU (Urânio de Baixo Enriquecimento, sigla em inglês) para a Rússia, enquanto a França seria a responsável por fornecer o combustível para uso medicinal.
A ideia dos iranianos seria colocar a Turquia no circuito e Ancara deveria receber o carregamento de LEU diretamente de Teerã. Há três leituras possíveis sobre este acordo ainda a ser confirmado.
Escrevi um texto há pouco tempo sobre a mudança de posicionamento internacional turca, que vem cada vez mais se aliando a Irã e Síria. É uma forma de adquirir importância internacional e refletir a insatisfação latente de sua sociedade com as alianças que vinham sendo estabelecidas pela cúpula política do país.
Ao incluir Ancara nas conversações sobre seu programa nuclear, o Irã de certa forma retribui o apoio que vem recebendo. Afinal, a Turquia recebe entrada gratuita para um dos principais palcos de disputa internacional. Ou seja, uma grande oportunidade de conseguir se tornar um mediador legítimo numa questão que a própria União Europeia enfrenta grandes dificuldades de solucionar.
Por outro lado, nada garante que o gesto de boa vontade de Khamenei-Ahmadinejad não possa ser mais um dos esquemas adotados pelo governo do país para ganhar tempo e frear as sanções internacionais. Isso já aconteceu outras vezes e pode ocorrer de novo.
Outra possibilidade – que considero a mais provável, particularmente – é que, se de fato um acordo for anunciado, as autoridades da República Islâmica pretendam com isso amenizar o tom de críticas internacionais que vêm recebendo por conta da repressão aos protestos populares e que têm tido grande repercussão na imprensa ocidental.
Todas as alternativas estão em aberto.
A contraproposta do regime Khamenei-Ahmadinejad muda um pouco o plano original do grupo conhecido como P5+1 (China, França, Alemanha, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos). Inicialmente, a República Islâmica deveria enviar 1200 quilos de LEU (Urânio de Baixo Enriquecimento, sigla em inglês) para a Rússia, enquanto a França seria a responsável por fornecer o combustível para uso medicinal.
A ideia dos iranianos seria colocar a Turquia no circuito e Ancara deveria receber o carregamento de LEU diretamente de Teerã. Há três leituras possíveis sobre este acordo ainda a ser confirmado.
Escrevi um texto há pouco tempo sobre a mudança de posicionamento internacional turca, que vem cada vez mais se aliando a Irã e Síria. É uma forma de adquirir importância internacional e refletir a insatisfação latente de sua sociedade com as alianças que vinham sendo estabelecidas pela cúpula política do país.
Ao incluir Ancara nas conversações sobre seu programa nuclear, o Irã de certa forma retribui o apoio que vem recebendo. Afinal, a Turquia recebe entrada gratuita para um dos principais palcos de disputa internacional. Ou seja, uma grande oportunidade de conseguir se tornar um mediador legítimo numa questão que a própria União Europeia enfrenta grandes dificuldades de solucionar.
Por outro lado, nada garante que o gesto de boa vontade de Khamenei-Ahmadinejad não possa ser mais um dos esquemas adotados pelo governo do país para ganhar tempo e frear as sanções internacionais. Isso já aconteceu outras vezes e pode ocorrer de novo.
Outra possibilidade – que considero a mais provável, particularmente – é que, se de fato um acordo for anunciado, as autoridades da República Islâmica pretendam com isso amenizar o tom de críticas internacionais que vêm recebendo por conta da repressão aos protestos populares e que têm tido grande repercussão na imprensa ocidental.
Todas as alternativas estão em aberto.
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