O encontro promovido por Obama para discutir a segurança nuclear atende a uma ambição pessoal de campanha do presidente americano: garantir que, durante seu mandato, o material para fabricação de armamento atômico seja removido de todas as áreas consideradas vulneráveis. É uma meta grandiosa que mostra a disposição da Casa Branca em correr atrás para conseguir cumprir objetivos considerados estratégicos.
Alguns críticos do governo já repetem sem pudor que Obama é um presidente de um mandato apenas. Certamente, a determinação de focar sobre a redução nuclear atenderia a um tremendo propósito. Se, de fato, o presidente da mudança conseguir reduzir o arsenal mundial significativamente, haverá resultados muito significativos que poderiam ser apresentados na campanha de reeleição.
Reunir líderes mundiais em Washington e terminar o encontro com compromissos firmes é um tanto messiânico. Cumpre parte das expectativas depositadas sobre Obama durante a corrida presidencial.
Entretanto, é preciso desfazer algumas trapalhadas do governo Bush. Por exemplo, o acordo nuclear assinado com a Índia despertou a ira do Paquistão. Como a corrida armamentista entre os dois países nunca foi segredo pra ninguém, não era impossível prever que Islamabad trataria de se dedicar à própria produção atômica.
O problema é que o Paquistão é hoje um amontoado de interesses e facções administrado por um governo central que recebe quantias exorbitantes de ajuda financeira americana. Se a cúpula que acontece em Washington pretende tratar justamente do perigo representado pelo arsenal nuclear, o caso paquistanês é emblemático. Muito possivelmente, é no território do país que as instalações nucleares estão menos distantes da al-Qaeda e do Talibã do que em qualquer outro lugar.
Mas este assunto não será tratado por Obama. Pelo menos não abertamente, já que, mesmo antes de dar início ao encontro formal, o presidente americano se reuniu separadamente com o presidente indiano e o primeiro-ministro paquistanês. Ninguém admite, mas um confronto nuclear entre Índia e Paquistão é hoje a maior pedra no sapato na estratégia messiância da Casa Branca. Curiosamente, são dois aliados americanos os responsáveis por atravancar a vida de Obama. Afinal, até o momento tem sido inútil seu esforço de tentar convencer os líderes dos dois países de que a maior ameaça à segurança mundial é o Irã.
Para piorar este cenário, o próprio Obama tem contribuído para esta trapalhada. No mês passado, Washington ratificou o acordo com a Índia criado por Bush. Ou seja, cada vez menos o presidente americano tem argumentos para frear as ambições dos rivais explosivos.
Alguns críticos do governo já repetem sem pudor que Obama é um presidente de um mandato apenas. Certamente, a determinação de focar sobre a redução nuclear atenderia a um tremendo propósito. Se, de fato, o presidente da mudança conseguir reduzir o arsenal mundial significativamente, haverá resultados muito significativos que poderiam ser apresentados na campanha de reeleição.
Reunir líderes mundiais em Washington e terminar o encontro com compromissos firmes é um tanto messiânico. Cumpre parte das expectativas depositadas sobre Obama durante a corrida presidencial.
Entretanto, é preciso desfazer algumas trapalhadas do governo Bush. Por exemplo, o acordo nuclear assinado com a Índia despertou a ira do Paquistão. Como a corrida armamentista entre os dois países nunca foi segredo pra ninguém, não era impossível prever que Islamabad trataria de se dedicar à própria produção atômica.
O problema é que o Paquistão é hoje um amontoado de interesses e facções administrado por um governo central que recebe quantias exorbitantes de ajuda financeira americana. Se a cúpula que acontece em Washington pretende tratar justamente do perigo representado pelo arsenal nuclear, o caso paquistanês é emblemático. Muito possivelmente, é no território do país que as instalações nucleares estão menos distantes da al-Qaeda e do Talibã do que em qualquer outro lugar.
Mas este assunto não será tratado por Obama. Pelo menos não abertamente, já que, mesmo antes de dar início ao encontro formal, o presidente americano se reuniu separadamente com o presidente indiano e o primeiro-ministro paquistanês. Ninguém admite, mas um confronto nuclear entre Índia e Paquistão é hoje a maior pedra no sapato na estratégia messiância da Casa Branca. Curiosamente, são dois aliados americanos os responsáveis por atravancar a vida de Obama. Afinal, até o momento tem sido inútil seu esforço de tentar convencer os líderes dos dois países de que a maior ameaça à segurança mundial é o Irã.
Para piorar este cenário, o próprio Obama tem contribuído para esta trapalhada. No mês passado, Washington ratificou o acordo com a Índia criado por Bush. Ou seja, cada vez menos o presidente americano tem argumentos para frear as ambições dos rivais explosivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário