Para balançar de vez o coreto no Oriente Médio, os EUA esperam anunciar em breve uma venda de equipamentos militares bilionária para a Arábia Saudita. Estima-se algo em torno de 60 bilhões de dólares a 90 bilhões de dólares. Seja qual for a quantia, já se trata da maior negociação de todos os tempos. Durante a próxima década, os sauditas devem comprar 84 aviões de ataque F-15 (foto), 70 helicópteros Apache, 72 helicópteros Black Hawk, além de novas modelagens e atualizações para os 72 caças F-15 que já compõem sua frota aérea.
Antes de fechar o acordo, porém, o governo americano deve enviar uma formalização ao Congresso – que, por sua vez, terá 30 dias para aprovar os termos. Não acredito que os congressistas deverão bloquear a transação. Primeiro porque as relações estreitas entre sauditas e a Casa Branca são antigas; outro ponto importante, que comento com certa insistência por aqui, é levar em conta o papel central que o país árabe ocupa no eixo sunita, apoiado pelos EUA, no combate aos Estados xiitas comandados pelo Irã. Além de se tratar do maior país sunita, a Arábia Saudita é também o mais rico.
Outro aspecto importante é a política interna americana. Há bem pouco tempo, a Casa Branca revelou dados que apontam queda nas vendas de armamento. Em 2008, foram 38,1 bilhões de dólares; no ano seguinte, 22,6 bilhões. De uma vez só, os sauditas estão dispostos a encher os cofres públicos e privados nos EUA com pelo menos o dobro deste valor.
A revista Time revela informações interessantes sobre isso: de acordo com a Boeing, empresa responsável pela fabricação de aviões e helicópteros escolhidos pelo governo de Riad, a transação deve gerar 75 mil novos empregos em 44 diferentes Estados americanos. Vale registrar que o desemprego é citado como a principal preocupação dos eleitores. E, para completar, não custa dizer que as eleições legislativas acontecem daqui a dois meses nos EUA – o pleito é considerado um teste-chave para o governo Obama e poderá servir de termômetro para a corrida presidencial de 2012.
Curiosamente, o valor proposto por Riad é tão grande que faz parecer troco os 3 bilhões de dólares fornecidos por Washington a Israel. Aliás, usando um termo financeiro, a grana pode até amortizar o repasse em equipamentos militares destinado aos israelenses. Diante de tanto dinheiro, talvez os sauditas estejam até contribuindo para calar momentaneamente os críticos desta ajuda militar. E isso é bastante irônico.
Antes de fechar o acordo, porém, o governo americano deve enviar uma formalização ao Congresso – que, por sua vez, terá 30 dias para aprovar os termos. Não acredito que os congressistas deverão bloquear a transação. Primeiro porque as relações estreitas entre sauditas e a Casa Branca são antigas; outro ponto importante, que comento com certa insistência por aqui, é levar em conta o papel central que o país árabe ocupa no eixo sunita, apoiado pelos EUA, no combate aos Estados xiitas comandados pelo Irã. Além de se tratar do maior país sunita, a Arábia Saudita é também o mais rico.
Outro aspecto importante é a política interna americana. Há bem pouco tempo, a Casa Branca revelou dados que apontam queda nas vendas de armamento. Em 2008, foram 38,1 bilhões de dólares; no ano seguinte, 22,6 bilhões. De uma vez só, os sauditas estão dispostos a encher os cofres públicos e privados nos EUA com pelo menos o dobro deste valor.
A revista Time revela informações interessantes sobre isso: de acordo com a Boeing, empresa responsável pela fabricação de aviões e helicópteros escolhidos pelo governo de Riad, a transação deve gerar 75 mil novos empregos em 44 diferentes Estados americanos. Vale registrar que o desemprego é citado como a principal preocupação dos eleitores. E, para completar, não custa dizer que as eleições legislativas acontecem daqui a dois meses nos EUA – o pleito é considerado um teste-chave para o governo Obama e poderá servir de termômetro para a corrida presidencial de 2012.
Curiosamente, o valor proposto por Riad é tão grande que faz parecer troco os 3 bilhões de dólares fornecidos por Washington a Israel. Aliás, usando um termo financeiro, a grana pode até amortizar o repasse em equipamentos militares destinado aos israelenses. Diante de tanto dinheiro, talvez os sauditas estejam até contribuindo para calar momentaneamente os críticos desta ajuda militar. E isso é bastante irônico.
2 comentários:
Nossa. Entao nao entendo o Michael Moore acusando no 11 de setembro o governo bush de ter feito toda a familia saudita que estava nos EUA de sairem do pais...
como ficaria essa estoria?
valeu
Willy
Talvez esse link ajude a esclarecer este ponto:
http://www.guardian.co.uk/books/2004/jul/31/highereducation.news
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