sexta-feira, 27 de março de 2009

Operação secreta israelense no Sudão manda recado ao Irã

A mídia brasileira não deu bola a uma das notícias internacionais mais espetaculares – no sentido original do termo – dos últimos termpos. Segundo reportagem da rede de televisão americana CBS, Israel teria efetuado dois ataques aéreos a comboios no Sudão em janeiro e fevereiro deste ano. Os caminhões estariam a caminho da fronteira com o Egito e transportariam armas iranianas para o Hamas, na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro Ehud Olmert não negou a informação. Tampouco confirmou. Mas a resposta foi bastante clara e talvez pretenda legitimar suas ações, como que para dar coerência às decisões militares de seu governo.

“Nós atuamos em qualquer lugar onde possamos atingir a infraestrutura do terror – seja mais perto, seja mais distante”, disse.

Para não restar dúvidas, completou: “não há razão para entrar em detalhes, mas todos podem usar a imaginação. Aqueles que precisam saber sabem. Aqueles que precisam saber sabem que não há onde Israel não possa agir”.

Um político sudanês ouvido pelo Haaretz e que preferiu não se identificar confirmou o tráfico de armamentos na região.

“Todo mundo sabe que eles (os iranianos) estão contrabandeando armas para o sul do Egito”, disse.

Ao mesmo tempo, os EUA negaram qualquer envolvimento com a ação militar. Aparentemente, foi um recado diretamente de Israel para o Irã. Olmert deixa o governo com mais uma missão secreta revelada tempos depois pela imprensa internacional, não por veículos israelenses.

O jornalista Amos Harel traça um breve histórico das operações anteriores realizadas no mandato do atual primeiro-ministro:

“A destruição do complexo nuclear da Síria; o ataque ao depósito de mísseis Fajr na primeira noite da Segunda Guerra do Líbano; os bombardeios no Sudão e os assassinatos do alto comandante do Hezbolah Imad Mughniyeh e do general sírio Mohammed Suleiman”.

Para o jornalista, existe ainda uma explicação mais elaborada para os ataques no Sudão.

“A decisão de atacar a 1.400 quilômetros de distância foi tomada porque existe a crença de que o Irã está prestes a injetar uma significativa quantidade de armas em Gaza, possivelmente foguetes Fajr de 70 quilômetros de alcance”, explica.

Com isso, Tel Aviv passaria a ser alvo do Hamas. 

Um comentário:

Marietta disse...

Hoje consegui ler todo o blog desde o dia 23 e etou cada vez mais admirada com sua estrutura
em todos os sentidos do Universo.
mais uma vez parabens

Marietta