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Com a divulgação da descoberta de uma segunda e secreta usina em Qum, um breve futuro conflituoso se descortina pela frente. O Irã está militarizado. Mais perigoso do que isso, a alta cúpula do governo de Teerã está promovendo uma corrida armamentista cuja estrela principal é a busca por arsenal nuclear.
Concordo com a suposição publicada hoje pelo canadense National Post de que o extremismo oficial e bélico vem se fortalecendo nos principais postos de poder do país.
“Está cada vez mais claro que o Irã não é mais governado pelo supremo líder, Ali Khamenei, ou pelo conselho de mulás – algo que já seria ruim o bastante –, mas pela Guarda Revolucionária e seus aliados políticos, que compreendem os elementos mais extremistas da sociedade, dos militares e do próprio governo”, diz o editorial.
Já está claro para mim que é isso mesmo o que está ocorrendo. O problema é que tal arranjo configura um caminho sem volta. Afinal, o extremismo não dialoga, mas busca o conflito.
Neste caso, infelizmente, a reunião marcada com as potências ocidentais para esta quinta-feira seria inútil. Não restaria qualquer opção a não ser a aplicação de sanções. Mesmo com este cenário, levando-se em consideração que Teerã já estaria dominada pelo extremismo, o regime sairia no lucro.
Afinal, nada melhor do que a opressão das sanções internacionais e a ameaça de um ataque para unir a insatisfeita população iraniana – pelo menos a da capital – a um contestado governo.
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