Agora ninguém mais parece questionar o envolvimento do Talibã paquistanês no quase-atentado de Nova Iorque. E essa é a melhor opção entre todas as outras mesmo. Existe uma possibilidade que poderia ser muito mais fatal do que a reivindicação de qualquer gruto fundamentalista islâmico: a de que o esquema do carro-bomba tivesse sido montado por imigrantes insatisfeitos com as novas leis aprovadas pelo estado do Arizona.
Esta sim seria uma situação devastadora para os EUA. Até porque se estima que o número de imigrantes ilegais no país varie em torno de 11 milhões de pessoas.
Vale recapitular essa história: o governo do Arizona aprovou uma lei de traços macartistas. A partir dela, qualquer pessoa pode ser parada nas ruas e, se não tiver como apresentar documentos capazes de provar que está legalmente nos Estados Unidos, será presa. Ou seja, a medida termina por transformar os imigrantes em criminosos. A prática está longe de ser exclusiva do estado americano. Ela já é aplicada em países europeus, como Itália e Suíça, e recebeu críticas contundentes de organizações de direitos humanos.
No caso dos EUA, a lei do Arizona abre um precedente perigoso. Há estados do sul que contam com grandes contingentes de imigrantes. Por exemplo, estima-se que o número de ilegais em Califórnia, Texas e Flórida - os três principais centros de atração - seja de 5 milhões de pessoas. A verdade é que ninguém sabe como esses grandes contingentes reagiriam se leis punitivas fossem aprovadas.
O que se tem certeza, no entanto, é que haveria uma grande mobilização de descontentes (eufemismo proposital). Passeatas e discursos seriam os protestos mais brandos. Mas é impossível prever quais seriam os passos seguintes no que possivelmente seria uma briga de gato e rato entre perseguidores - na medida em que qualquer um com traços hispânicos passa a ser alvo de uma abordagem policial não me espantaria com uma onda de denúncias voluntárias por parte de militantes anti-imigração - e perseguidos - os cerca de 15% de imigrantes latinos que formam hoje a população americana.
Não haveria pior situação para o governo Obama do que passar para a história como o chefe de Estado a testemunhar um grave período de caos social interno. Isso não está longe de acontecer. Por mais curioso que seja, Obama deportou, em 2009, 400 mil ilegais. Os dados mostram que ele está para repetir o número neste ano. De qualquer maneira, o presidente da mudança conseguiu nos últimos dois anos superar os recordes de deportação de seu antecessor George W. Bush.
Esta sim seria uma situação devastadora para os EUA. Até porque se estima que o número de imigrantes ilegais no país varie em torno de 11 milhões de pessoas.
Vale recapitular essa história: o governo do Arizona aprovou uma lei de traços macartistas. A partir dela, qualquer pessoa pode ser parada nas ruas e, se não tiver como apresentar documentos capazes de provar que está legalmente nos Estados Unidos, será presa. Ou seja, a medida termina por transformar os imigrantes em criminosos. A prática está longe de ser exclusiva do estado americano. Ela já é aplicada em países europeus, como Itália e Suíça, e recebeu críticas contundentes de organizações de direitos humanos.
No caso dos EUA, a lei do Arizona abre um precedente perigoso. Há estados do sul que contam com grandes contingentes de imigrantes. Por exemplo, estima-se que o número de ilegais em Califórnia, Texas e Flórida - os três principais centros de atração - seja de 5 milhões de pessoas. A verdade é que ninguém sabe como esses grandes contingentes reagiriam se leis punitivas fossem aprovadas.
O que se tem certeza, no entanto, é que haveria uma grande mobilização de descontentes (eufemismo proposital). Passeatas e discursos seriam os protestos mais brandos. Mas é impossível prever quais seriam os passos seguintes no que possivelmente seria uma briga de gato e rato entre perseguidores - na medida em que qualquer um com traços hispânicos passa a ser alvo de uma abordagem policial não me espantaria com uma onda de denúncias voluntárias por parte de militantes anti-imigração - e perseguidos - os cerca de 15% de imigrantes latinos que formam hoje a população americana.
Não haveria pior situação para o governo Obama do que passar para a história como o chefe de Estado a testemunhar um grave período de caos social interno. Isso não está longe de acontecer. Por mais curioso que seja, Obama deportou, em 2009, 400 mil ilegais. Os dados mostram que ele está para repetir o número neste ano. De qualquer maneira, o presidente da mudança conseguiu nos últimos dois anos superar os recordes de deportação de seu antecessor George W. Bush.
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