A complexidade política que gerou o estado atual de caos na Tailândia é tão grande, que prefiro partilhar com os leitores uma reportagem publicada no site da BBC. Ela explica de forma bastante direta quem são os personagens da crise e as posições de cada um dos lados.
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O interessante é notar que, por mais distante física e culturalmente que a Tailândia seja do Brasil, os dilemas enfrentados por lá são bastante comuns aos nossos. Ou melhor, para ser mais exato, qualquer país com imprensa livre, congresso com representação e população com direito a voto está sujeito a este tipo de situação.
Protagonizando esta enorme confusão, os vilões de sempre: acusações de fraude eleitoral, um líder populista amparado pelos setores mais carentes do país, um magnata da mídia, o poder coercitivo das forças armadas e sinais de corrupção. O roteiro é parecido a tantos outros.
A diferença neste caso são os impronunciáveis nomes tailandeses, o tempo que o período de indecisão toma conta do país e o grau de violência dos protestos.
Desde 2006, há uma enorme e apaixonada disputa social envolvendo o cargo de primeiro-ministro e a continuidade da monarquia – embora muitos argumentem que ela não se encontra ameaçada.
Seja como for, os protestos mais violentos já proporcionaram cenas que certamente estarão dentre as mais intensas do ano. Foi o caso do grupo de manifestantes que cercou o carro oficial do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva. A fúria era tamanha que o veículo foi completamente destruído, mesmo que Vejjajiva não estivesse em seu interior.
E se essa moda pega por aqui? Se a população decidisse destruir com as próprias mãos os carros de políticos corruptos?
Numa interpretação própria dos acontecimentos, o jornal inglês The Indepent publica editorial hoje comparando a situação na Tailândia ao já ocorrido no Nepal, onde a questionada realeza foi derrubada numa revolução maoísta que expulsou a monarquia.
Um comentário:
Sem querer ser pessimista, mas hoje eu não imagino brasileiro nenhum morrendo ou lutando por uma causa qualquer...
O povo está alienado e com "preguiça". Prefere assistir ao final da novela e votar no BBB.
Nós já vivemos o nosso próprio caos.
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