Por mais que seja cedo para fazer esta afirmação, ela se torna válida na medida em que os sinais tornam-se cada vez mais evidentes. É muito provável que em algum momento entre o final deste ano e o início do ano que vem Israel bombardeie parte considerável dos 27 pontos de produção nuclear iranianos. O ataque só não irá acontecer se Mahmoud Ahmadinejad for derrotado nas eleições presidenciais de junho.
A medida será concretizada de forma a manter a coerência com o suporte ideológico que rege a área de segurança do Estado Judeu desde sua fundação, em 1948: nenhum país vizinho ou mesmo Estados da região combinados podem alcançar o poder de destruir Israel, mesmo que esta força seja apenas obtida como forma de barganha – o que definitivamente não parece ser o caso do Irã.
Em declaração publicada pelo prestigiado site norte-americano Salon, Ephraim Kam, diretor do Instituto de Estudos de Segurança Nacional de Tel Aviv – e especialista em Irã – explica como a questão está sendo discutida pelas autoridades israelenses.
“Claro que há diferentes opiniões, mas há um consenso geral entre experts na área de segurança e líderes políticos de diferentes ideologias, dos trabalhistas aos direitistas. Este não é um assunto controverso. Se o Irã adquirir armas nucleares, vai nos impor uma profunda ameaça. Será a primeira vez em nossa história que outro país poderá causar nos causar um desastre”, diz.
Enquanto EUA deixam as negociações praticamente em ponto morto e cedem cada vez mais ao lenga-lenga iraniano, Israel prepara sua população para a guerra.
A Frente de Comando Interno das Forças de Defesa de Israel anunciaram o maior exercício da história. Durante uma semana, os civis serão preparados para lidar com ataques de mísseis convencionais e também nucleares. Ao mesmo tempo, desenvolve com sucesso seus sistema de defesa antimísseis, o Arrow II (Flecha II).
No ano passado, o então primeiro-ministro Ehud Olmert já havia pedido autorização do governo americano para realizar os ataques. Segundo o planejamento, a força aérea israelense poderia usar o espaço aéreo iraquiano, ponto considerado vital para o sucesso da empreitada. Bush negou, da mesma maneira que Obama irá negar. O antigo presidente e o atual temem que uma guerra com o Irã cause um grande retrocesso e desestabilização em Afeganistão e Iraque.
Mas, nada garante que o governo israelense só atacará após a permissão dos EUA. É possível que decida agir por conta própria.
Na esteira do impasse com os iranianos – ponto já discutido no texto da última quarta-feira –, os demais países do Oriente Médio se preparam para a guerra iminente.
Segundo reportagem publicada hoje no jornal The Washington Times, os países-membros do Conselho de Cooperação do Golfo – grupo formado por Arábia Saudita, Qatar, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Omã – silenciosamente começam a instalar baterias de mísseis Patriot ao redor de importantes campos de extração de petróleo.
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