O dia de hoje pode entrar para a história como a data que marcou o início da resolução de um dos mais fantásticos casos de espionagem de todos os tempos. O FBI prendeu 11 pessoas acusadas de se "infiltrar na sociedade americana" para passar informações cruciais do governo dos EUA para a Rússia. O grupo receberia dinheiro através de um funcionário de Moscou nas Nações Unidas. Os detalhes do caso – dignos de um roteiro premiado – são tão espetaculares que é difícil acreditar que tudo não passa de uma grande armação.
Os acusados estão sendo chamados de "ilegais" pelos investigadores. O termo é usado no jargão da espionagem para se referir aos que não operam com cobertura diplomática. A situação foi exatamente esta. Segundo informações liberadas até agora, o grupo tinha uma missão de longo prazo. O objetivo era chegar às mais altas esferas políticas dos Estados Unidos e repassar dados para o Kremlin. Por isso, os suspeitos usufruíam de padrão de vida confortável, inclusive fazendo amigos nos cinematográficos e familiares subúrbios americanos.
Dos acusados, oito são casados e trabalhavam em áreas importantes, como Comunicações e Finanças. Um deles, Vicky Pelaez, era repórter do jornal peruano El Diário/La Prensa.
A reação oficial russa à divulgação do processo foi negativa. Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores, disse não ter recebido qualquer explicação por parte de autoridades americanas.
A principal suspeita, até agora, recai sobre a SVR, uma das agências governamentais de Moscou que sucederam a poderosa KGB do período soviético. Levando-se em consideração que o primeiro-ministro, Vladimir Putin, é um de seus ex-oficiais, além de entusiasta, carente e nostálgico, nada soa improvável.
Sem a menor dúvida, o caso já é o mais espetacular do ano. Acho que, se comprovado, bate em ambição e investimento a operação supostamente realizada pelo Mossad – o serviço secreto israelense –, que, no início de 2010, teria sido responsável pelo assassinato de um dirigente do Hamas (Mahmoud al-Mabhouh) em Dubai.
Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa sobre o imbróglio, mas já se pode dizer que este vai ser o grande assunto internacional do ano. Um contraponto interessante fica por conta de Nikolai Kovalev, ex-diretor do Serviço de Segurança Federal da Rússia.
Os acusados estão sendo chamados de "ilegais" pelos investigadores. O termo é usado no jargão da espionagem para se referir aos que não operam com cobertura diplomática. A situação foi exatamente esta. Segundo informações liberadas até agora, o grupo tinha uma missão de longo prazo. O objetivo era chegar às mais altas esferas políticas dos Estados Unidos e repassar dados para o Kremlin. Por isso, os suspeitos usufruíam de padrão de vida confortável, inclusive fazendo amigos nos cinematográficos e familiares subúrbios americanos.
Dos acusados, oito são casados e trabalhavam em áreas importantes, como Comunicações e Finanças. Um deles, Vicky Pelaez, era repórter do jornal peruano El Diário/La Prensa.
A reação oficial russa à divulgação do processo foi negativa. Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores, disse não ter recebido qualquer explicação por parte de autoridades americanas.
A principal suspeita, até agora, recai sobre a SVR, uma das agências governamentais de Moscou que sucederam a poderosa KGB do período soviético. Levando-se em consideração que o primeiro-ministro, Vladimir Putin, é um de seus ex-oficiais, além de entusiasta, carente e nostálgico, nada soa improvável.
Sem a menor dúvida, o caso já é o mais espetacular do ano. Acho que, se comprovado, bate em ambição e investimento a operação supostamente realizada pelo Mossad – o serviço secreto israelense –, que, no início de 2010, teria sido responsável pelo assassinato de um dirigente do Hamas (Mahmoud al-Mabhouh) em Dubai.
Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa sobre o imbróglio, mas já se pode dizer que este vai ser o grande assunto internacional do ano. Um contraponto interessante fica por conta de Nikolai Kovalev, ex-diretor do Serviço de Segurança Federal da Rússia.
Em entrevista ao Financial Times, ele acredita que todo o ocorrido seja obra de alguém que pretende envenenar o processo de reaproximação entre Moscou e Washington.
"Ilegais que lavam dinheiro, vivem com documentos falsos e obtém dinheiro em jarros enterrados (sim, este também é um dos detalhes da trama). Essas pessoas não podem ser funcionários de um órgão de inteligência russo. É totalmente ridículo. É como um romance barato de Agatha Christie", diz.
Pode ser. Mas o fato é que o caso muda completamente as intenções de relacionamento entre os dois países.
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