A situação se agrava entre os aliados do Brasil no Oriente Médio. A Turquia se afunda cada vez mais no confronto com os curdos, enfrentamento que retornou com força desde a última semana. Em relação ao Irã, as perspectivas não são muito melhores. Mesmo com a aplicação de sanções mais fortes de UE e EUA, o regime de Ahmadinejad não dá mostras de que pretende recuar - algo que já havia comentado por aqui. Ou seja, os atores se movimentam para impedir o desenvolvimento atômico iraniano por meios alternativos.
Como informa um ex-espião da CIA (Reza Kahliliis, pseudônimo do autor de "A Time to Betray", livro que conta suas experiências como agente duplo na Guarda Revolucionária Iraniana), a movimentação militar das potências já está em curso. Segundo ele, na última sexta-feira mais de 12 navios de guerra americanos e israelenses teriam atravessado o Canal de Suez, contando com proteção egípcia. O destino da armada seria o Golfo Pérsico. Além disso, os EUA teriam conduzido exercícios militares com França e Grã-Bretanha, enquanto a Alemanha estaria enviando embarcações militares.
E aí entra mais uma explicação para o recolhimento estratégico brasileiro. O Itamaraty possivelmente tem conhecimento sobre esta movimentação. Com a temperatura em franca ascensão, o Brasil achou por bem deixar o palco de atuação por dois motivos específicos: em primeiro lugar, o país já se fez ouvir através de gestos diplomáticos - os ganhos políticos internacionais, inclusive, foram bem maiores do que os alcançados por qualquer outro governo brasileiro; como tem reforçado a já histórica preferência pelo diálogo, não faria sentido permanecer numa zona de conflito militar, uma vez que não haveria muito a ganhar com isso. Afinal, nem o país pretende partir para a defesa cega dos interesses iranianos a ponto de se contrapor de tal forma às potências ocidentais, nem dispõe de meios para tal.
Neste aspecto, vale o pragmatismo ressaltado por Celso Amorim: o governo brasileiro fez o possível para evitar novas sanções ao Irã. Mas elas vieram e não há muito a ser feito, além de marcar a posição de discreto protesto. A partir do momento em que os atores com reais poderes de inibição militar entram em cena, o Brasil correria riscos demais ao se apresentar como o mais fiel parceiro dos empreendimentos de Teerã.
Como informa um ex-espião da CIA (Reza Kahliliis, pseudônimo do autor de "A Time to Betray", livro que conta suas experiências como agente duplo na Guarda Revolucionária Iraniana), a movimentação militar das potências já está em curso. Segundo ele, na última sexta-feira mais de 12 navios de guerra americanos e israelenses teriam atravessado o Canal de Suez, contando com proteção egípcia. O destino da armada seria o Golfo Pérsico. Além disso, os EUA teriam conduzido exercícios militares com França e Grã-Bretanha, enquanto a Alemanha estaria enviando embarcações militares.
E aí entra mais uma explicação para o recolhimento estratégico brasileiro. O Itamaraty possivelmente tem conhecimento sobre esta movimentação. Com a temperatura em franca ascensão, o Brasil achou por bem deixar o palco de atuação por dois motivos específicos: em primeiro lugar, o país já se fez ouvir através de gestos diplomáticos - os ganhos políticos internacionais, inclusive, foram bem maiores do que os alcançados por qualquer outro governo brasileiro; como tem reforçado a já histórica preferência pelo diálogo, não faria sentido permanecer numa zona de conflito militar, uma vez que não haveria muito a ganhar com isso. Afinal, nem o país pretende partir para a defesa cega dos interesses iranianos a ponto de se contrapor de tal forma às potências ocidentais, nem dispõe de meios para tal.
Neste aspecto, vale o pragmatismo ressaltado por Celso Amorim: o governo brasileiro fez o possível para evitar novas sanções ao Irã. Mas elas vieram e não há muito a ser feito, além de marcar a posição de discreto protesto. A partir do momento em que os atores com reais poderes de inibição militar entram em cena, o Brasil correria riscos demais ao se apresentar como o mais fiel parceiro dos empreendimentos de Teerã.
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