A Ásia Central e o Sudeste Asiático estão intimamente conectados nesses tempos. Pelo menos esta é a visão das potências ocidentais. A coalizão que luta contra o Talibã no Afeganistão pensa desta maneira. Para ser mais franco e direto: a estratégia regional americana não admite dar cabo dos radicais desistindo da manutenção de um equilíbrio de forças entre Paquistão e Índia.
Na prática, significa que, para Washington, expulsar o último dos talibãs do Afeganistão não valeria de nada se o Paquistão se transformasse num completo caos. Não apenas porque Islamabad possui arsenal nuclear. Este é apenas um dos motivos.
Além disso, mais um ponto muito importante a se considerar é que o Paquistão minimamente estruturado politicamente e bem armado representa uma ameaça à Índia. Muito embora o país também seja aliado dos EUA, a estratégia internacional da Casa Branca não trabalha com a possibilidade de que um dos atores desses grandes Estados do Sudeste Asiático se sobressaia sobre o outro. O governo de Barack Obama - assim como de seus antecessores - não admite a existência de uma única potência regional.
Daí a necessidade de Índia e Paquistão permanecerem em relativo equilíbrio, mas sem deflagrar uma guerra capaz de alterar o cenário. Por isso mesmo, os EUA aprovaram novo pacote de ajuda econômica a Islamabad mesmo diante de novas evidências de relações próximas entre membros do serviço de inteligência local e o Talibã.
Esta premissa explica também os comentários do primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante visita à Índia. Ao se mostrar assertivo quanto ao posicionamento ambíguo do Paquistão em relação aos radicais, Cameron cumpre a cartilha americana. Se com uma mão Washington autoriza a transferência de mais aporte financeiro ao governo paquistanês, com a outra chama sua a atenção publicamente.
Obama não fez isso pessoalmente porque, se fizesse, admitiria veracidade e importância dos documentos vazados pelo site WikiLeaks. Mais ainda, a influência dos documentos nos rumos da guerra. Não custa lembrar que o primeiro compromisso internacional do novo premier britânico foi justamente com o presidente americano, há nove dias.
Na prática, significa que, para Washington, expulsar o último dos talibãs do Afeganistão não valeria de nada se o Paquistão se transformasse num completo caos. Não apenas porque Islamabad possui arsenal nuclear. Este é apenas um dos motivos.
Além disso, mais um ponto muito importante a se considerar é que o Paquistão minimamente estruturado politicamente e bem armado representa uma ameaça à Índia. Muito embora o país também seja aliado dos EUA, a estratégia internacional da Casa Branca não trabalha com a possibilidade de que um dos atores desses grandes Estados do Sudeste Asiático se sobressaia sobre o outro. O governo de Barack Obama - assim como de seus antecessores - não admite a existência de uma única potência regional.
Daí a necessidade de Índia e Paquistão permanecerem em relativo equilíbrio, mas sem deflagrar uma guerra capaz de alterar o cenário. Por isso mesmo, os EUA aprovaram novo pacote de ajuda econômica a Islamabad mesmo diante de novas evidências de relações próximas entre membros do serviço de inteligência local e o Talibã.
Esta premissa explica também os comentários do primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante visita à Índia. Ao se mostrar assertivo quanto ao posicionamento ambíguo do Paquistão em relação aos radicais, Cameron cumpre a cartilha americana. Se com uma mão Washington autoriza a transferência de mais aporte financeiro ao governo paquistanês, com a outra chama sua a atenção publicamente.
Obama não fez isso pessoalmente porque, se fizesse, admitiria veracidade e importância dos documentos vazados pelo site WikiLeaks. Mais ainda, a influência dos documentos nos rumos da guerra. Não custa lembrar que o primeiro compromisso internacional do novo premier britânico foi justamente com o presidente americano, há nove dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário