A intenção americana é tentar diminuir ao máximo a área de atuação de talibãs e outros radicais no Afeganistão. Por isso, muito além de se dedicar a reconstruir o país, os EUA pretendem evitar que os Estados vizinhos possam servir de abrigo e posto de abastecimento para os muitos grupos fundamentalistas que combatem a coalizão ocidental. Não é segredo o quanto são porosas as fronteiras do Paquistão. Mesmo o governo de Islamabad admite as grandes dificuldades que enfrentar para vigiar seu território. E essa fragilidade tem sido fundamental para a tomada de decisões de Obama na região.
É aí que reside um grande risco. Há grandes problemas políticos e diplomáticos a serem resolvidos. Washington não pode simplesmente ordenar que sua força militar se desloque para o lado paquistanês da fronteira de forma a conter talibãs. Tampouco consegue justificar militarmente para o público político interno americano que os soldados fiquem de braços cruzados enquanto assistem aos radicais se armarem e receberem fundos e treinamento no Paquistão. Por isso, a secretária de Estado Hillary Clinton está na região. A estratégia americana é comer pelas beiradas.
O ponto principal é simples. Ou melhor, não é simples no sentido de que seja fácil, mas bem direto quanto a seu objetivo: impedir que o Paquistão se distraia em disputas infrutíferas com a velha rival Índia. Não cabe neste momento fazer um histórico dos grandes embates entre os dois poderosos e nucleares vizinhos, mas é importante mencionar duas informações: o processo de paz entre Nova Déli e Islamabad está parado desde que militantes paquistaneses mataram 163 pessoas em Mumbai, na Índia, em novembro de 2008; os dois países se encontram, atualmente, envolvidos numa divergência em torno de recursos naturais. Mais precisamente, lutam pelas águas glaciares da Caxemira.
Como ambas as economias são sedentas por energia, o recurso é visto como fonte de abastecimento importante. Trabalhadores indianos já se dedicam à construção de uma hidrelétrica na região historicamente disputada. E então vem a grande mão americana para afagar a ansiedade paquistanesa. Clinton anunciou, na última segunda-feira, uma ajuda financeira ainda mais generosa para o Paquistao: o despejo de 7,5 bilhões de dólares na economia do país, a construção de represas e a melhoria nas instalações hidrelétricas e no sistema energético.
Hoje, os Estados Unidos decidiram pagar para que o Paquistão colabore no esforço de guerra em curso no Afeganistão. Se não puder ajudar com medidas práticas, que ao menos não arrume mais problemas com a vizinha Índia - país também aliado de Washington.
É aí que reside um grande risco. Há grandes problemas políticos e diplomáticos a serem resolvidos. Washington não pode simplesmente ordenar que sua força militar se desloque para o lado paquistanês da fronteira de forma a conter talibãs. Tampouco consegue justificar militarmente para o público político interno americano que os soldados fiquem de braços cruzados enquanto assistem aos radicais se armarem e receberem fundos e treinamento no Paquistão. Por isso, a secretária de Estado Hillary Clinton está na região. A estratégia americana é comer pelas beiradas.
O ponto principal é simples. Ou melhor, não é simples no sentido de que seja fácil, mas bem direto quanto a seu objetivo: impedir que o Paquistão se distraia em disputas infrutíferas com a velha rival Índia. Não cabe neste momento fazer um histórico dos grandes embates entre os dois poderosos e nucleares vizinhos, mas é importante mencionar duas informações: o processo de paz entre Nova Déli e Islamabad está parado desde que militantes paquistaneses mataram 163 pessoas em Mumbai, na Índia, em novembro de 2008; os dois países se encontram, atualmente, envolvidos numa divergência em torno de recursos naturais. Mais precisamente, lutam pelas águas glaciares da Caxemira.
Como ambas as economias são sedentas por energia, o recurso é visto como fonte de abastecimento importante. Trabalhadores indianos já se dedicam à construção de uma hidrelétrica na região historicamente disputada. E então vem a grande mão americana para afagar a ansiedade paquistanesa. Clinton anunciou, na última segunda-feira, uma ajuda financeira ainda mais generosa para o Paquistao: o despejo de 7,5 bilhões de dólares na economia do país, a construção de represas e a melhoria nas instalações hidrelétricas e no sistema energético.
Hoje, os Estados Unidos decidiram pagar para que o Paquistão colabore no esforço de guerra em curso no Afeganistão. Se não puder ajudar com medidas práticas, que ao menos não arrume mais problemas com a vizinha Índia - país também aliado de Washington.
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