A Turquia ainda exige de Israel um pedido de desculpas formal como pré-requisito para retomar as relações amigáveis e de cooperação entre os países. A exigência nada mais é do que uma maneira distinta de romper os laços. Parte do esforço de propaganda recente, a estratégia funciona bem, sob o ponto de vista turco. Coloca os israelenses numa posição delicada, além de impor ao governo Netanyahu a culpa pelo fim de um relacionamento que já foi bastante estreito.
Ancara põe o gabinete de Jerusalém contra a parede porque quer manter a separação. A intenção da Turquia é provocar um estremecimento com Israel pelo menos até as eleições turcas, em novembro de 2011.
O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan (foto) consegue a simpatia popular graças ao papel que passou a exercer desde o episódio da Frota da Liberdade. Mas não se trata apenas disso.
A guinada oriental atende a objetivos econômicos também. Segundo o New York Times, as exportações do país cresceram 13% em relação ao ano anterior. Entre os principais mercados estão Irã, Iraque e Rússia. Em 2010, o país exportou 1,6 bilhão de dólares em produtos para Irã e Síria. O valor supera em 200 milhões de dólares as vendas de bens produzidos na Turquia para os Estados Unidos.
A verdade é que a economia nunca esteve tão bem. Os dados são realmente impressionantes: o primeiro trimestre deste ano registrou crescimento de 11,4% em relação ao mesmo período de 2009, perdendo apenas para a China; em conjunto, as empresas de construção turcas têm encomendas no valor de 30 bilhões de dólares – novamente o dado é inferior apenas em relação aos números chineses.
Na prática, o governo de Ancara percebeu que o país tem muito mais a ganhar ao optar pelos aliados orientais. Até porque os benefícios políticos e econômicos obtidos em anos de cumprimento da cartilha ocidental parecem menores neste momento. A União Europeia sempre relutou em abrir suas portas, e a cooperação com os israelenses desagradava a governos de Irã e Síria – hoje, maiores aliados da Turquia.
Por conta disso tudo, Erdogan decidiu convergir suas ações para um mesmo foco: aumentar a credibilidade com seus parceiros islâmicos, agradar ao eleitorado interno e quebrar a resistência das forças armadas do país – seus grandes adversários. Romper com Israel, portanto, nada mais é do que um ponto-chave para expandir mercados, ganhar credibilidade no Oriente Médio e garantir os resultados positivos nas eleições de 2011.
Ancara põe o gabinete de Jerusalém contra a parede porque quer manter a separação. A intenção da Turquia é provocar um estremecimento com Israel pelo menos até as eleições turcas, em novembro de 2011.
O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan (foto) consegue a simpatia popular graças ao papel que passou a exercer desde o episódio da Frota da Liberdade. Mas não se trata apenas disso.
A guinada oriental atende a objetivos econômicos também. Segundo o New York Times, as exportações do país cresceram 13% em relação ao ano anterior. Entre os principais mercados estão Irã, Iraque e Rússia. Em 2010, o país exportou 1,6 bilhão de dólares em produtos para Irã e Síria. O valor supera em 200 milhões de dólares as vendas de bens produzidos na Turquia para os Estados Unidos.
A verdade é que a economia nunca esteve tão bem. Os dados são realmente impressionantes: o primeiro trimestre deste ano registrou crescimento de 11,4% em relação ao mesmo período de 2009, perdendo apenas para a China; em conjunto, as empresas de construção turcas têm encomendas no valor de 30 bilhões de dólares – novamente o dado é inferior apenas em relação aos números chineses.
Na prática, o governo de Ancara percebeu que o país tem muito mais a ganhar ao optar pelos aliados orientais. Até porque os benefícios políticos e econômicos obtidos em anos de cumprimento da cartilha ocidental parecem menores neste momento. A União Europeia sempre relutou em abrir suas portas, e a cooperação com os israelenses desagradava a governos de Irã e Síria – hoje, maiores aliados da Turquia.
Por conta disso tudo, Erdogan decidiu convergir suas ações para um mesmo foco: aumentar a credibilidade com seus parceiros islâmicos, agradar ao eleitorado interno e quebrar a resistência das forças armadas do país – seus grandes adversários. Romper com Israel, portanto, nada mais é do que um ponto-chave para expandir mercados, ganhar credibilidade no Oriente Médio e garantir os resultados positivos nas eleições de 2011.
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