sábado, 22 de novembro de 2008

Evidências de urânio são encontradas na Síria; Irã reprime supostos colaboradores de Israel

Em setembro de 2007, aviões da Força Aérea Israelense bombardearam um complexo sírio onde supostamente instalações nucleares estariam a ponto de serem construídas. O ataque aconteceu rapidamente, destruiu a infra-estrutura local e causou certa polêmica.

Pouco mais de um ano depois - para ser mais exato, nesta semana - inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgaram as conclusões das amostras colhidas em solo sírio: foram encontrados traços de urânio que já haviam passado por alterações químicas.

Além de revelar a matéria-prima fundamental para pretensões nucleares, o relatório também informa que o grande número de bombas d'água do complexo sírio seriam suficientes para a construção de uma instalação nuclear próxima ao rio Eufrates.

O documento menciona ainda que as autoridades sírias têm negado o acesso dos funcionários da AIEA para a realização de novas inspeções no local do ataque, bem como a outros três pontos onde se acredita que um reator possa ser construído.

Curisamente, havia a possibilidade do início de negociações de paz indiretas entre israelenses e sírios - que com os fatos divulgados nesta semana devem perder força.

O relatório vem a público justamente no momento em aumentam as tensões entre Israel e Irã - cuja cooperação militar com a Síria torna ainda mais complicada a situação israelense na região.

Os acontecimentos desta semana deixam claro como o discurso iraniano anti-israelense está sendo aplicado na prática entre sua própria população.

O empresário de Teerã, Ali Ashtari, foi oficialmente enforcado - se é que se pode chamar assim - depois de "confessar" ter espionado para Israel. Segundo a IRNA, a agência de notícias oficial do Irã, Ashtari teria recebido um empréstimo de agentes israelenses no valor de 50 mil euros.

Hossein Derakhshan, blogueiro iraniano, também foi preso depois de visitar Israel, em 2007. Ele tem cidadania canadense e foi levado a interrogratório logo após chegar à capital iraniana. Segundo o site de notícias Jahan News, ele também "confessou" espionar para Israel.

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