A enorme repercussão causada pela autorização concedida por Israel para construir casas e apartamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia mostra como a situação do conflito entre israelenses e palestinos é única. A situação da política de Israel é única. A responsabilidade para justificar o constrangimento causado pelo anúncio justamente durante a visita do vice-presidente americano ficou a cargo do ministro do Interior, Eli Yishai (foto).
Antes de entrar no mérito da questão, cabe refletir sobre um ponto interessante que mostra a complexidade da vida política israelense. Uma posição fundamental da política externa acabou ficando sob responsabilidade não do ministro das Relações Exteriores ou mesmo do primeiro-ministro, como poderia ter ocorrido diante das consequências de tal decisão.
Pode não parecer importante, mas serve para mostrar as dificuldades envolvidas. Em Israel, há uma linha muito tênue - e muitas vezes invisível - entre política interna e externa. Tudo pode servir de material combustível.
Seja como for, a construção de casas na Cisjordânia é bastante imprópria. Mais ainda neste momento. De certa maneira, curiosamente alimenta os dois extremos. A direita israelense - muito pouco preocupada em retomar as negociações de paz - e os extremistas palestinos - que andam ventilanto a possibilidade de uma terceira intifada para atingir Israel e de uma vez só corrigir momentaneamente a profunda divisão interna palestina.
Os empreendimentos no assentamento de Beitar Illit foram aprovados em novembro do ano passado, antes de o governo de Israel impor a proibição a novas construções judaicas na Cisjordânia.
O que fica claro no momento é que o rumo das negociações segue o caminho de sempre: Israel e Autoridade Palestina tentam culpar o lado oposto pelo fracasso do processo de paz. É uma tentativa um tanto pouco criativa de conseguir a simpatia americana. Como disse ontem, infelizmente, a situação não deve mudar tão cedo.
Antes de entrar no mérito da questão, cabe refletir sobre um ponto interessante que mostra a complexidade da vida política israelense. Uma posição fundamental da política externa acabou ficando sob responsabilidade não do ministro das Relações Exteriores ou mesmo do primeiro-ministro, como poderia ter ocorrido diante das consequências de tal decisão.
Pode não parecer importante, mas serve para mostrar as dificuldades envolvidas. Em Israel, há uma linha muito tênue - e muitas vezes invisível - entre política interna e externa. Tudo pode servir de material combustível.
Seja como for, a construção de casas na Cisjordânia é bastante imprópria. Mais ainda neste momento. De certa maneira, curiosamente alimenta os dois extremos. A direita israelense - muito pouco preocupada em retomar as negociações de paz - e os extremistas palestinos - que andam ventilanto a possibilidade de uma terceira intifada para atingir Israel e de uma vez só corrigir momentaneamente a profunda divisão interna palestina.
Os empreendimentos no assentamento de Beitar Illit foram aprovados em novembro do ano passado, antes de o governo de Israel impor a proibição a novas construções judaicas na Cisjordânia.
O que fica claro no momento é que o rumo das negociações segue o caminho de sempre: Israel e Autoridade Palestina tentam culpar o lado oposto pelo fracasso do processo de paz. É uma tentativa um tanto pouco criativa de conseguir a simpatia americana. Como disse ontem, infelizmente, a situação não deve mudar tão cedo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário