Não houve progressos significativos no diálogo entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente americano, Barack Obama. O impasse nas relações entre EUA e Israel deve continuar por mais tempo. Para agravar ainda mais esta situação, minutos antes da reunião entre os líderes, nesta terça-feira, a prefeitura de Jerusalém anunciou a autorização para construir mais 20 apartamentos na parte oriental da cidade.
O resultado disso tudo é muito simples: Netanyahu está sendo fritado, de um lado e de outro. Para sua base de apoio, este seria o momento de não mostrar fraqueza. Ou seja, mesmo com fortes pressões da Casa Branca, o primeiro-ministro deveria seguir firme para atender aos anseios ideológicos e políticos dos partidos nacionalistas e religiosos que formam a base de sustentação de seu governo. Recuar seria o mesmo que traí-los e, se isso acontecesse, fatalmente o primeiro-ministro seria abandonado à própria sorte e sua coalizão ruiria.
Do outro lado, a pressão agora não segue somente com Hillary e Obama. Por motivos distintos, o governo britânico decidiu subir o tom ainda em relação à operação secreta que matou em fevereiro o contrabandista do Hamas responsável pelo envio de armamento iraniano para a Faixa de Gaza. De forma a conseguir apoio do eleitorado islâmico no Reino Unido nas proximidades das eleições britânicas, o gabinete de Gordon Brown decidiu expulsar do país um alto funcionário do corpo diplomático israelense.
Netanyahu esteve em Washington e, mesmo antes de conversar com o presidente Obama, fez um discurso que deixa clara sua opção. Ao falar aos membros da AIPAC (American-Israel Public Affairs Committee, sigla em inglês), jogou aberto e disse que vai continuar a construir em Jerusalém porque a cidade é a capital do país, não um assentamento. Isso quer dizer que ele não está disposto a ceder às pressões americanas, e o gesto explica bastante o fracasso do encontro com Barack Obama.
O primeiro-ministro israelense mostra estar pronto para sustentar até quando puder sua coalizão e, por consequência, seu governo. Não creio, no entanto, que a estratégia seja eficaz a longo prazo. Simplesmente porque o Oriente Médio hoje vive uma situação muito parecida ao dilema do cobertor curto. E tudo isso provocado pelo próprio governo Netanyahu. Ao insistir na expansão dos assentamentos da Cisjordânia, principalmente, Bibi tirou o Irã de Ahmadinejad do foco internacional. O problema é que o próprio primeiro-ministro israelense fez o que pôde para convencer Obama de que o programa nuclear iraniano é a maior ameaça à segurança de Israel e da região.
O resultado disso tudo é muito simples: Netanyahu está sendo fritado, de um lado e de outro. Para sua base de apoio, este seria o momento de não mostrar fraqueza. Ou seja, mesmo com fortes pressões da Casa Branca, o primeiro-ministro deveria seguir firme para atender aos anseios ideológicos e políticos dos partidos nacionalistas e religiosos que formam a base de sustentação de seu governo. Recuar seria o mesmo que traí-los e, se isso acontecesse, fatalmente o primeiro-ministro seria abandonado à própria sorte e sua coalizão ruiria.
Do outro lado, a pressão agora não segue somente com Hillary e Obama. Por motivos distintos, o governo britânico decidiu subir o tom ainda em relação à operação secreta que matou em fevereiro o contrabandista do Hamas responsável pelo envio de armamento iraniano para a Faixa de Gaza. De forma a conseguir apoio do eleitorado islâmico no Reino Unido nas proximidades das eleições britânicas, o gabinete de Gordon Brown decidiu expulsar do país um alto funcionário do corpo diplomático israelense.
Netanyahu esteve em Washington e, mesmo antes de conversar com o presidente Obama, fez um discurso que deixa clara sua opção. Ao falar aos membros da AIPAC (American-Israel Public Affairs Committee, sigla em inglês), jogou aberto e disse que vai continuar a construir em Jerusalém porque a cidade é a capital do país, não um assentamento. Isso quer dizer que ele não está disposto a ceder às pressões americanas, e o gesto explica bastante o fracasso do encontro com Barack Obama.
O primeiro-ministro israelense mostra estar pronto para sustentar até quando puder sua coalizão e, por consequência, seu governo. Não creio, no entanto, que a estratégia seja eficaz a longo prazo. Simplesmente porque o Oriente Médio hoje vive uma situação muito parecida ao dilema do cobertor curto. E tudo isso provocado pelo próprio governo Netanyahu. Ao insistir na expansão dos assentamentos da Cisjordânia, principalmente, Bibi tirou o Irã de Ahmadinejad do foco internacional. O problema é que o próprio primeiro-ministro israelense fez o que pôde para convencer Obama de que o programa nuclear iraniano é a maior ameaça à segurança de Israel e da região.
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