Além do enviado especial ao Oriente Médio, George Mitchell, chegou hoje à região o vice-presidente americano, Joseph Biden. A viagem de cinco dias é uma grande tentativa de salvar os esforços dos EUA para a retomada do processo de paz entre Israel e os palestinos. Por mais que Washington tenha se apressado em anunciar que os lados toparam voltar a discutir as bases de um acordo definitivo, há muitos entraves para qualquer negociação. O primeiro deles é de natureza prática e mostra como a confiança se perdeu de vez: as conversas serão indiretas, não frente a frente como chegou a ser comum nos anos 1990.
Tudo isso leva a crer que há duas possibilidades reais que não geram nenhuma grande expectativa: ou o processo vai ser longo, demorado e desgastante ou ele não vai dar em nada. É difícil apostar em qualquer uma das possibilidades porque elas são muito semelhantes.
Sob o ponto de vista israelense, negociar com a Autoridade Palestina não necessariamente garante qualquer avanço genuíno, uma vez que os palestinos estão divididos na prática. Na Cisjordânia, o Fatah até consegue manter certo comando. Em Gaza, nem mesmo o Hamas consegue mais controlar tantas facções radicais. Ou seja, se um acordo fosse assinado hoje, por exemplo, não haveria qualquer garantia de que a AP pudesse dar conta de torná-lo legítimo e, mais importante, real.
Vale citar também que setores influentes do comando palestino acreditam que o melhor a ser feito agora seria insuflar uma terceira intifada popular. A defesa desse argumento gira em torno da crença de que a violência poderia pressionar Israel, além de mudar o cenário de divisão interna palestina.
Do ponto de vista palestino, negociar com Israel hoje, sem que o país congele de verdade a construção de assentamentos judeus na Cisjordânia, é perder tempo se desgastando com o inimigo sem qualquer garantia de que pontos fundamentais sejam colocados sobre a mesa: o status de Jerusalém, a questão dos refugiados e as fronteiras viáveis e definitivas de um Estado palestino.
Além disso, os palestinos sabem que não será fácil mudar a mentalidade do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, para quem o status de Jerusalém como capital indivisível do Estado judeu é inquestionável e cuja base de sustentação política é formada por partidos cuja ideologia e esta.
Para piorar a situação, é muito claro que o grande temor externo em Israel no momento é o programa nuclear iraniano. Bem ou mal, graças à barreira de segurança construída em torno da Cisjordânia, o número de atentado foi reduzido a zero no último ano. Ou seja, o diálogo com os palestinos deixou de ser a prioridade da política externa israelense. Até esse "favor" o presidente Ahmadinejad prestou ao povo que ele diz tanto apoiar.
Tudo isso leva a crer que há duas possibilidades reais que não geram nenhuma grande expectativa: ou o processo vai ser longo, demorado e desgastante ou ele não vai dar em nada. É difícil apostar em qualquer uma das possibilidades porque elas são muito semelhantes.
Sob o ponto de vista israelense, negociar com a Autoridade Palestina não necessariamente garante qualquer avanço genuíno, uma vez que os palestinos estão divididos na prática. Na Cisjordânia, o Fatah até consegue manter certo comando. Em Gaza, nem mesmo o Hamas consegue mais controlar tantas facções radicais. Ou seja, se um acordo fosse assinado hoje, por exemplo, não haveria qualquer garantia de que a AP pudesse dar conta de torná-lo legítimo e, mais importante, real.
Vale citar também que setores influentes do comando palestino acreditam que o melhor a ser feito agora seria insuflar uma terceira intifada popular. A defesa desse argumento gira em torno da crença de que a violência poderia pressionar Israel, além de mudar o cenário de divisão interna palestina.
Do ponto de vista palestino, negociar com Israel hoje, sem que o país congele de verdade a construção de assentamentos judeus na Cisjordânia, é perder tempo se desgastando com o inimigo sem qualquer garantia de que pontos fundamentais sejam colocados sobre a mesa: o status de Jerusalém, a questão dos refugiados e as fronteiras viáveis e definitivas de um Estado palestino.
Além disso, os palestinos sabem que não será fácil mudar a mentalidade do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, para quem o status de Jerusalém como capital indivisível do Estado judeu é inquestionável e cuja base de sustentação política é formada por partidos cuja ideologia e esta.
Para piorar a situação, é muito claro que o grande temor externo em Israel no momento é o programa nuclear iraniano. Bem ou mal, graças à barreira de segurança construída em torno da Cisjordânia, o número de atentado foi reduzido a zero no último ano. Ou seja, o diálogo com os palestinos deixou de ser a prioridade da política externa israelense. Até esse "favor" o presidente Ahmadinejad prestou ao povo que ele diz tanto apoiar.
É este cenário que Joe Biden vai encontrar no Oriente Médio. Acho que nem toda a sorte do mundo seria capaz de alterar esta realidade instalada em apenas cinco dias. Mas, sem dúvida, mostra um esforço importante do governo Obama numa questão capaz de causar grande comoção na opinião pública de todo o mundo.
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