Uma informação muito importante acabou ficando de fora de boa parte da cobertura sobre os atentados de ontem em Moscou: em novembro de 2007, o líder rebelde checheno, Doku Umarov, proclamou o Emirado Islâmico do Cáucaso. Para bom entendedor, uma clara declaração jihadista convocando as repúblicas islâmicas da região. Uma espécie de microcosmos do embate global entre o fundamentalismo e o Ocidente.
Os resultados começam a aparecer. Some-se a isso também a gestão nada competente de Vladimir Putin e está formado o cenário ideal para a reprodução do extremismo. Em meados desta década, o então presidente russo – atual primeiro-ministro e virtual mandatário do Kremlin – declarou ter pacificado a Chechênia. A seu modo muito particular, é claro, afinal pobreza, desemprego e corrupção estatal continuam a fazer parte do cotidiano da região.
Ou seja, cedo ou tarde a realidade não tardaria a bater à porta de Moscou. Como lembrou uma jornalista russa, foram seis anos de relativa calmaria para os moradores da capital russa, uma ilusão de que os conflitos contra os separatistas muçulmanos haviam sido resolvidos.
É interessante relembrar rapidamente alguns pontos importantes desta região. Guerrilheiros chechenos invadiram o vizinho Daguestão em 1999 com o objetivo de criar uma república islâmica independente. Na época, o então primeiro-ministro Vladimir Putin não mediu esforços – e força – para retaliar. O conflito durou até 2005, e a Rússia recebeu amplo apoio ocidental, já que a disputa acabou por se enquadrar na chamada "Guerra ao Terror" empreendida após os ataques terroristas de 11 de Setembro.
O líder rebelde Shamil Basaev recebeu, por seu lado, franco apoio da al-Qaeda. Seu objetivo pessoal naqueles tempos, tal como o de Umarov hoje, era criar um emirado no norte do Cáucaso que posteriormente se tornaria parte de um califado global. O problema – para o Ocidente, claro – é que ele ficaria localizado justamente na divisa entre a Rússia e a Europa. Além de interromper o fluxo de petróleo entre o Mar Cáspio e o lucrativo mercado consumidor europeu.
Os fundamentalistas não são nada bobos. O potencial econômico, político e estratégico da região é enorme. Por isso mesmo, Ayman al Zawahiri, o número dois da al-Qaeda, declarou publicamente que o Cáucaso é uma das três principais frentes de batalha da organização terrorista.
Os resultados começam a aparecer. Some-se a isso também a gestão nada competente de Vladimir Putin e está formado o cenário ideal para a reprodução do extremismo. Em meados desta década, o então presidente russo – atual primeiro-ministro e virtual mandatário do Kremlin – declarou ter pacificado a Chechênia. A seu modo muito particular, é claro, afinal pobreza, desemprego e corrupção estatal continuam a fazer parte do cotidiano da região.
Ou seja, cedo ou tarde a realidade não tardaria a bater à porta de Moscou. Como lembrou uma jornalista russa, foram seis anos de relativa calmaria para os moradores da capital russa, uma ilusão de que os conflitos contra os separatistas muçulmanos haviam sido resolvidos.
É interessante relembrar rapidamente alguns pontos importantes desta região. Guerrilheiros chechenos invadiram o vizinho Daguestão em 1999 com o objetivo de criar uma república islâmica independente. Na época, o então primeiro-ministro Vladimir Putin não mediu esforços – e força – para retaliar. O conflito durou até 2005, e a Rússia recebeu amplo apoio ocidental, já que a disputa acabou por se enquadrar na chamada "Guerra ao Terror" empreendida após os ataques terroristas de 11 de Setembro.
O líder rebelde Shamil Basaev recebeu, por seu lado, franco apoio da al-Qaeda. Seu objetivo pessoal naqueles tempos, tal como o de Umarov hoje, era criar um emirado no norte do Cáucaso que posteriormente se tornaria parte de um califado global. O problema – para o Ocidente, claro – é que ele ficaria localizado justamente na divisa entre a Rússia e a Europa. Além de interromper o fluxo de petróleo entre o Mar Cáspio e o lucrativo mercado consumidor europeu.
Os fundamentalistas não são nada bobos. O potencial econômico, político e estratégico da região é enorme. Por isso mesmo, Ayman al Zawahiri, o número dois da al-Qaeda, declarou publicamente que o Cáucaso é uma das três principais frentes de batalha da organização terrorista.
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