Rafik Hariri, ex-primeiro-ministro libanês morto em 2005, era uma figura política que passou a lutar pela real independência de seu país em relação aos sírios. É preciso deixar isso muito claro, antes de entender o jogo de cena que vem sendo montado no Líbano. O líder do Hezbolah, xeque Hassan Nasrallah, tem acusado Israel de envolvimento no assassinato do ex-premier. Por mais que esta hipótese seja a mais óbvia, é importante ter em mente que a influência síria sempre agradou bastante ao Hezbolah.
Hezbolah, Síria, Hamas e Irã estão no mesmo lado da disputa estratégica pela hegemonia no Oriente Médio. Insuflar a opinião pública libanesa contra os israelenses serve aos interesses desta aliança. Por isso, Nasrallah tem repetido o mantra da participação de Israel no episódio de cinco anos atrás. Obviamente, o governo de Jerusalém nega as acusações. Afastar a possibilidade de a Síria continuar a decidir os rumos políticos no Líbano talvez fosse o único ponto de convergência entre as posições de Israel e do ex-primeiro-ministro Hariri.
Envolver Líbano e Israel num novo conflito seria algo bastante interessante ao Hezbolah. Principalmente, quando as autoridades libanesas passam a investigar a milícia xiita e sua participação no assassinato de 2005. Mais uma vez, uma guerra ratificaria a importância política do grupo no jogo regional, além de diminuir a pressão internacional sobre o Irã.
Aliás, a semana tem sido marcada pela discussão sobre a ajuda americana ao exército regular libanês. Howard Berman, democrata presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos EUA, anunciou nesta semana que ele pessoalmente usou suas prerrogativas políticas para congelar a transferência de 100 milhões de dólares em assistência militar para as forças libanesas. O argumento é de que equipamentos americanos enviados para o Líbano poderiam ser usados contra Israel.
Isso poderia acontecer mesmo. Mas, calculando friamente prejuízos e benefícios, o melhor a fazer é mesmo fortalecer o frágil exército libanês. Com 55 mil homens e sem praticamente dispor de força aérea, as forças regulares do país representam a única alternativa à atuação do Hezbolah. Mesmo Israel prefere, sem nenhuma dúvida, a presença de militares libaneses na fronteira norte a homens armados da milícia xiita fazendo frente a seus soldados.
E não apenas isso. De certa forma, ao fortalecer o exército do Líbano, os EUA evitam que o Irã se faça presente na região. Por sinal, numa tentativa de ganhar a simpatia da população, o Irã se pronunciou sobre o assunto. Disse que, se a ajuda americana for realmente interrompida, a república islâmica se compromete a enviar os mesmo 100 milhões de dólares.
Hezbolah, Síria, Hamas e Irã estão no mesmo lado da disputa estratégica pela hegemonia no Oriente Médio. Insuflar a opinião pública libanesa contra os israelenses serve aos interesses desta aliança. Por isso, Nasrallah tem repetido o mantra da participação de Israel no episódio de cinco anos atrás. Obviamente, o governo de Jerusalém nega as acusações. Afastar a possibilidade de a Síria continuar a decidir os rumos políticos no Líbano talvez fosse o único ponto de convergência entre as posições de Israel e do ex-primeiro-ministro Hariri.
Envolver Líbano e Israel num novo conflito seria algo bastante interessante ao Hezbolah. Principalmente, quando as autoridades libanesas passam a investigar a milícia xiita e sua participação no assassinato de 2005. Mais uma vez, uma guerra ratificaria a importância política do grupo no jogo regional, além de diminuir a pressão internacional sobre o Irã.
Aliás, a semana tem sido marcada pela discussão sobre a ajuda americana ao exército regular libanês. Howard Berman, democrata presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos EUA, anunciou nesta semana que ele pessoalmente usou suas prerrogativas políticas para congelar a transferência de 100 milhões de dólares em assistência militar para as forças libanesas. O argumento é de que equipamentos americanos enviados para o Líbano poderiam ser usados contra Israel.
Isso poderia acontecer mesmo. Mas, calculando friamente prejuízos e benefícios, o melhor a fazer é mesmo fortalecer o frágil exército libanês. Com 55 mil homens e sem praticamente dispor de força aérea, as forças regulares do país representam a única alternativa à atuação do Hezbolah. Mesmo Israel prefere, sem nenhuma dúvida, a presença de militares libaneses na fronteira norte a homens armados da milícia xiita fazendo frente a seus soldados.
E não apenas isso. De certa forma, ao fortalecer o exército do Líbano, os EUA evitam que o Irã se faça presente na região. Por sinal, numa tentativa de ganhar a simpatia da população, o Irã se pronunciou sobre o assunto. Disse que, se a ajuda americana for realmente interrompida, a república islâmica se compromete a enviar os mesmo 100 milhões de dólares.
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