Denúncia publicada hoje pelo A Sharq al Awsat - jornal árabe publicado em Londres - dá conta de que o diretor do serviço secreto israelense, Yuval Diskin (foto), teria visitado o Egito nesta quinta-feira para se encontrar com oficiais de segurança egípcios. No centro das discussões, os mísseis lançados nesta semana a partir do Sinai e que atingiram Eilat, em Israel, e o golfo de Áqaba, na Jordânia.
Segundo notícia publicada pelo Haaretz repercutindo informações da Ma'an, a agência jornalística palestina, o governo do Cairo declarou também estado de emergência ao longo da península do Sinai. O presidente Hosni Mubarak teria enviado agentes em busca dos militantes responsáveis pelo ataque. De acordo com relatos, os autores dos lançamentos ainda estariam na região.
Tal cooperação por parte dos egípcios não é gratuita, nem muito menos mostra qualquer preocupação com o bem-estar da população israelense ou jordaniana. No centro deste episódio, a suspeita quanto aos realizadores do ataque: radicais do Hamas a serviço de membros da inteligência iraniana.
E o presidente Hosni Mubarak é parte importante da grande batalha que se desenha no Oriente Médio. Como um dos principais atores sunitas da região, não é nenhuma novidade sua oposição ao Hamas. Principalmente pelo fato de o grupo ser o braço palestino da Fraternidade Muçulmana – que representa a mais feroz crítica à administração do presidente egípcio. Punir os radicais palestinos que lançaram mísseis a partir do Sinai é aproveitar a oportunidade também de manter o controle interno da situação.
Do ponto de vista do cenário regional mais amplo, o Irã - que começa a sofrer sanções mais severas - tem mantido a coerência: opta pela política externa ambígua, de modo a confundir a opinião pública internacional e os grandes atores.
O episódio dos mísseis é mais um aspecto da mobilização iraniana de seus satélites na fronteira com Israel. Provocar um conflito aberto entre israelenses e membros do Hamas ou entre israelenses e o Hezbolah - neste último caso, no norte do Estado judeu - pode ser uma alternativa para escapar do foco. Por conta disso, o governo de Jerusalém tem agido, de certo modo, com mais inteligência. Na última semana, contribuiu com a ONU duas vezes: ao aceitar que a ação de abordagem do navio turco fosse investigada pela instituição; e ao acatar o pedido das Nações Unidas de evitar uma escalada de violência na fronteira com o Líbano.
Segundo notícia publicada pelo Haaretz repercutindo informações da Ma'an, a agência jornalística palestina, o governo do Cairo declarou também estado de emergência ao longo da península do Sinai. O presidente Hosni Mubarak teria enviado agentes em busca dos militantes responsáveis pelo ataque. De acordo com relatos, os autores dos lançamentos ainda estariam na região.
Tal cooperação por parte dos egípcios não é gratuita, nem muito menos mostra qualquer preocupação com o bem-estar da população israelense ou jordaniana. No centro deste episódio, a suspeita quanto aos realizadores do ataque: radicais do Hamas a serviço de membros da inteligência iraniana.
E o presidente Hosni Mubarak é parte importante da grande batalha que se desenha no Oriente Médio. Como um dos principais atores sunitas da região, não é nenhuma novidade sua oposição ao Hamas. Principalmente pelo fato de o grupo ser o braço palestino da Fraternidade Muçulmana – que representa a mais feroz crítica à administração do presidente egípcio. Punir os radicais palestinos que lançaram mísseis a partir do Sinai é aproveitar a oportunidade também de manter o controle interno da situação.
Do ponto de vista do cenário regional mais amplo, o Irã - que começa a sofrer sanções mais severas - tem mantido a coerência: opta pela política externa ambígua, de modo a confundir a opinião pública internacional e os grandes atores.
O episódio dos mísseis é mais um aspecto da mobilização iraniana de seus satélites na fronteira com Israel. Provocar um conflito aberto entre israelenses e membros do Hamas ou entre israelenses e o Hezbolah - neste último caso, no norte do Estado judeu - pode ser uma alternativa para escapar do foco. Por conta disso, o governo de Jerusalém tem agido, de certo modo, com mais inteligência. Na última semana, contribuiu com a ONU duas vezes: ao aceitar que a ação de abordagem do navio turco fosse investigada pela instituição; e ao acatar o pedido das Nações Unidas de evitar uma escalada de violência na fronteira com o Líbano.
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